A Prefeitura de Chapecó decretou situação de emergência nesta quarta-feira (19), devido à estiagem. O decreto 49.816 foi assinado pelo prefeito João Rodrigues, após parecer técnico da Defesa Civil, que vai coordenar as ações.
De acordo com o diretor da Defesa Civil Municipal, Walter Parizotto, o impacto maior é na Agricultura. Já na área urbana, apesar da redução dos volumes nos reservatórios, não há racionamento até o momento.
“No entanto não há previsão de mudança de cenário pelo menos até o final do mês, o que pode levar a um agravamento da estiagem”, disse Parizotto.
Na área urbana a situação da represa do lajeado São José é esta.
A Prefeitura de Chapecó já está levando cerca de oito cargas de água por dia, num total de 70 mil litros. São 34 pontos de abastecimento de reservatórios no município, que beneficiam de três a até 100 famílias cada.
O secretário de Agricultura e Pesca, Mauro Zandavalli, destacou que há redução da produtividade nas lavouras de soja, principalmente as que estão no final do ciclo, aumento de custo de produção pelo transporte de água e, se a estiagem permanecer, há risco de afetar o alojamento de frangos e suínos.
Zandavalli disse que a Prefeitura de Chapecó tem atuado em estratégias efetivas de longo prazo para garantir o fornecimento de água. Por meio da Secretaria da Agricultura e Pesca estão sendo perfurados poços profundos, construídas fontes, além do apoio a instalação de redes de distribuição de água para abastecimento das comunidades rurais. Como medidas emergenciais, a Prefeitura têm disponibilizado caminhões pipas e emprestado equipamentos para o transporte e abastecimento de água para as propriedades.
Além disso a Administração tem orientado sobre o desperdício de água nas residências, cuidando vazamentos e fazendo o uso consciente.
“O decreto nos permite realizar aquisições emergenciais para combater a estiagem com menos burocracia e também ajuda o produtor rural a justificar perdas junto a instituições bancárias”, explicou.