O dólar teve forte queda nesta segunda-feira (30) e atingiu o menor valor desde setembro do ano passado. Influenciado pelo cenário internacional e pelo mercado de trabalho brasileiro, o mercado financeiro teve um dia de euforia. A bolsa de valores subiu quase 1,5% e acumula valorização de mais de 15% no semestre.
O dólar comercial encerrou o dia vendido a R$ 5,435, com recuo de R$ 0,05 (-0,88%). Durante toda a sessão houve queda, chegando a R$ 5,42 na hora final de negociação, antes de subir um pouco no fechamento com investidores aproveitando o preço baixo para comprar dólares.
No menor nível desde 19 de setembro de 2024, a moeda caiu 4,99% apenas em junho, melhor desempenho mensal desde janeiro, quando perdeu 5,56%. No primeiro semestre, o dólar acumula recuo de 13,51%.
O índice Ibovespa, da B3, fechou aos 138.855 pontos, alta de 1,45%. O indicador subiu 1,33% em junho e acumula valorização de 15,44% no primeiro semestre.
Fatores internos e externos influenciaram o resultado.
No exterior, a decisão do Canadá de retirar uma taxa sobre empresas de tecnologia dos EUA trouxe alívio global, após ameaça do presidente Donald Trump de encerrar negociações comerciais com o país vizinho na semana passada.
As bolsas norte-americanas fecharam em níveis recordes, no melhor trimestre em mais de um ano. Além disso, o recuo nas taxas dos títulos do Tesouro dos EUA estimulou a migração de recursos para países emergentes, como o Brasil.
No cenário interno, a criação de 148,9 mil empregos com carteira assinada em maio foi bem recebida pelo mercado. O número veio abaixo das projeções, aumentando as chances de que o Banco Central inicie cortes na taxa de juros antes do previsto, o que impulsiona investimentos na bolsa de valores.