O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira (4) que voltará a telefonar para o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, caso não haja progresso nas negociações comerciais entre os dois países. O prazo dado por Lula se estende até o final da COP30, que acontece em Belém do Pará.
Pressa nas Negociações Comerciais com os EUA
Em entrevista a jornalistas internacionais na capital paraense, Lula demonstrou otimismo, mas também urgência. “Eu saí da reunião com o presidente Trump certo de que a gente vai estabelecer um acordo. Disse a ele que era muito importante que nossos negociadores começassem a negociar logo”, declarou o presidente brasileiro.
Lula foi enfático sobre seu próximo passo: “Quando terminar a COP, se não tiver marcada a reunião entre os meus negociadores e os dele, eu vou ligar para Trump outra vez”. A declaração reforça a disposição do governo brasileiro em resolver rapidamente as tensões comerciais.
Encontro na Malásia e a Questão do “Tarifaço”
Os dois presidentes se reuniram no dia 26 de outubro em Kuala Lumpur, na Malásia, durante a cúpula da Asean. O encontro durou aproximadamente 50 minutos e contou com a presença do chanceler Mauro Vieira e do secretário de Estado americano, Marco Rubio.
Na ocasião, Lula pediu a suspensão imediata do tarifaço de 50% que Trump impôs sobre todos os produtos brasileiros em julho. A medida americana também incluiu a revogação de vistos para ministros brasileiros e integrantes do STF.
Relação Extraordinária Como Objetivo
O presidente brasileiro manteve um tom conciliador em suas declarações. “O Brasil tem interesse de ter uma relação extraordinária com os Estados Unidos. Não há nenhuma razão para que haja qualquer desavença”, afirmou Lula.
Ele expressou confiança no diálogo direto entre os líderes: “Na hora em que dois presidentes sentam em uma mesa, cada um coloca seu ponto de vista, a tendência natural é encaminhar para um acordo”.
Portanto, o governo brasileiro demonstra estar disposto a usar todos os canais diplomáticos, incluindo o contato direto entre os presidentes, para destravar as relações comerciais entre os dois países.







