A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, por unanimidade, manter a prisão do general Braga Netto, ex-ministro do governo Jair Bolsonaro e candidato a vice-presidente nas eleições de 2022.
Por que Braga Netto foi preso?
A prisão foi determinada em dezembro de 2023 pelo ministro Alexandre de Moraes, relator do inquérito que investiga a tentativa de golpe de Estado para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
De acordo com a Polícia Federal (PF), Braga Netto teria tentado obstruir as investigações, atuando diretamente para dificultar o avanço do caso.
O que pesou contra Braga Netto?
A Polícia Federal aponta que o general tentou obter informações sigilosas da delação premiada de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro. Além disso, as investigações indicam que Braga Netto desempenhou um papel de liderança e organização no planejamento do golpe.
STF mantém prisão por unanimidade
Após a prisão, a defesa do general recorreu ao STF para tentar reverter a decisão. No entanto, na sessão virtual desta sexta-feira (14), os ministros do Supremo mantiveram a detenção de Braga Netto.
O voto do relator Alexandre de Moraes foi seguido pelos ministros:
- Cristiano Zanin
- Flávio Dino
- Cármen Lúcia
- Luiz Fux
Em sua decisão, Moraes destacou a “gravíssima participação” do ex-ministro na trama golpista e reforçou que há indícios concretos de que ele tentou atrapalhar as investigações.
“Braga Netto tentou controlar o que seria repassado à investigação, demonstrando seu papel de liderança, organização e financiamento no esquema golpista.” – Alexandre de Moraes
Conclusão
Com a decisão, Braga Netto permanece preso enquanto as investigações continuam avançando. O caso segue em tramitação no STF, e novos desdobramentos são esperados nos próximos meses.
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