segunda-feira, 20 outubro, 2025

Número de fumantes cresce no Brasil após quase 20 anos de queda, alerta Ministério da Saúde

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Pela primeira vez em quase duas décadas, o número de fumantes no Brasil aumentou, quebrando uma tendência histórica de redução. De acordo com uma pesquisa divulgada pelo Ministério da Saúde, a proporção de adultos fumantes nas capitais brasileiras subiu de 9,3% em 2023 para 11,6% em 2024 — um crescimento de 25% em apenas um ano.

O dado acende um alerta entre autoridades e especialistas em saúde pública, que apontam para a popularização dos cigarros eletrônicos e de novas formas de consumo de nicotina como fatores determinantes para o aumento.

Popularização dos vapes e cigarros alternativos preocupa médicos

Para o médico da família e comunidade Felipe Bruno da Cunha, o avanço do tabagismo tem relação direta com o surgimento de novas modalidades de fumo, especialmente entre os jovens.

“Eu acredito que tem muita relação direta com as novas formas associadas ao fumo. Na última década, vemos um aumento expressivo, principalmente por conta do cigarro eletrônico, o vape, e também de outros tipos, como o cigarro de palha. Por isso, esse aumento tão expressivo”, explica.

Os vapes e dispositivos eletrônicos de fumar, mesmo proibidos pela Anvisa, têm sido amplamente consumidos no país, impulsionados por campanhas nas redes sociais e pela falsa percepção de que causam menos danos à saúde.

Tabagismo é principal causa de morte evitável no mundo

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o tabagismo é considerado uma pandemia global, sendo a principal causa de morte evitável no mundo. Estima-se que mais de 8 milhões de pessoas morram por ano em decorrência do consumo de produtos derivados do tabaco.

O médico destaca que mais de 50 tipos de doenças estão associados ao cigarro, incluindo as cardiovasculares, respiratórias e cerca de dez tipos de câncer. “Existem riscos inúmeros associados ao cigarro, não só a dependência química, mas também complicações físicas graves”, reforça.

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Fumantes passivos também sofrem os efeitos

Felipe da Cunha alerta ainda para os riscos enfrentados pelos fumantes passivos, que convivem diariamente com o fumo de terceiros.

“As pessoas que convivem com fumantes têm risco associado a doenças crônicas e até ao câncer de pulmão. É muito importante procurar ajuda e buscar formas de abandonar o vício”, orienta o especialista.

O Ministério da Saúde reforça que existem programas de apoio gratuitos pelo SUS, que oferecem acompanhamento médico, grupos de apoio e medicamentos auxiliares para quem deseja parar de fumar.

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