O ex-presidente Fernando Collor de Mello foi expulso do Partido da Renovação Democrática (PRD) nesta quinta-feira (24), após o Supremo Tribunal Federal (STF) determinar o início do cumprimento de sua pena por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
A decisão foi tomada pela executiva nacional do PRD, que informou ter constatado a filiação de Collor apenas após a ordem de prisão. O partido cancelou imediatamente o registro de filiação com base no artigo 15 da Constituição Federal, que prevê a suspensão dos direitos políticos em caso de condenação criminal transitada em julgado.
Collor foi condenado a oito anos e dez meses de prisão em regime fechado por participação em um esquema de corrupção ligado à BR Distribuidora, subsidiária da Petrobras, em uma ação derivada da Operação Lava Jato. A condenação foi confirmada pelo Supremo em 2023.
O ex-presidente estava filiado ao PTB no momento da fusão com o Patriota, que deu origem ao PRD. Em 2022, ele disputou o governo de Alagoas, mas terminou a eleição em terceiro lugar.
Com a expulsão, o PRD busca preservar sua imagem e reforçar o compromisso com a ética na vida pública. Collor segue inelegível com base na Lei da Ficha Limpa, embora sua defesa ainda possa recorrer judicialmente.






