A Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc) aprovou uma moção para que o governo federal tome providências contra a nova tarifa de 50% imposta pelos Estados Unidos ao mel brasileiro. O apelo, proposto pelo deputado Padre Pedro Baldissera (PT), será enviado a quatro ministros do governo Lula. O objetivo é buscar esforços diplomáticos para excluir o mel do aumento tarifário, que causa grande impacto em Santa Catarina, um dos maiores produtores e exportadores do país.
Impacto econômico e ambiental para SC

De acordo com o deputado, a medida americana prejudica diretamente a apicultura catarinense, uma atividade que gera renda para muitas famílias. O parlamentar argumenta que o “tarifaço” é uma estratégia de pressão política, pois os EUA vendem mais para o Brasil do que compram.
Para o Padre Pedro, a apicultura e a meliponicultura (criação de abelhas sem ferrão) são atividades fundamentais não apenas para a economia, mas também para o meio ambiente. Afinal, a produção de mel promove a preservação da biodiversidade, a polinização e o equilíbrio ecológico, principalmente nas áreas de transição entre florestas e agricultura. Santa Catarina, que exporta cerca de 80% de seu mel para os EUA, enfrentará um impacto econômico significativo, já que o mercado interno não tem capacidade para absorver toda a produção.
Outra moção aprovada: regulamentação de naturopatas
Na mesma sessão, a Alesc aprovou uma segunda moção de autoria do deputado Padre Pedro Baldissera. O documento, que será enviado ao presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Mota, manifesta apoio à aprovação do Projeto de Lei 2622/2021. Este projeto busca regulamentar a atividade profissional do naturopata no país, além de tratar de outras providências relacionadas à profissão.