A Polícia Civil de Chapecó emitiu um alerta urgente sobre uma nova modalidade de estelionato que já causou prejuízos superiores a centenas de milhares de reais no oeste catarinense. Os criminosos se passam por empresários e políticos locais para aplicar golpes em fornecedores do comércio.
Na manhã desta quinta-feira, os golpistas chegaram a se passar pelo prefeito João Rodrigues para solicitar mercadorias de forma fraudulenta. A polícia já trabalha na instauração de inquérito para apurar os crimes.
Como funciona o golpe
Os criminosos utilizam números de telefone com código de área local para se apresentarem como sócios-proprietários de grandes empresas ou políticos da região. Eles contatam fornecedores de eletrodomésticos, eletroeletrônicos e materiais de construção solicitando mercadorias para pagamento parcelado.
Os fornecedores, ao verificarem documentação empresarial fraudulenta, liberam os produtos. Um transportador de boa-fé é contratado para buscar a carga, sem saber que participa de um esquema criminoso.
Desvio da carga e desaparecimento
Os golpistas solicitam fotos dos materiais e a localização em tempo real do motorista. Em seguida, enviam um endereço falso, geralmente no Rio Grande do Sul ou outros estados. Ao chegarem ao local, os motoristas são orientados a descarregar as mercadorias em via pública.
Nesse momento, os criminosos recolhem os produtos e os encaminham para outras localidades, tornando o rastreamento extremamente difícil para as autoridades.
Orientações da Polícia Civil
Para evitar prejuízos, a polícia orienta:
- Comerciantes: Confirmem diretamente com os responsáveis pelas compras das empresas antes de realizar transações
- Motoristas: Solicitem o local exato da entrega desde o início e compartilhem essas informações com os fornecedores
Os transportadores que agirem com dolo podem responder pelo crime de receptação. A verificação prévia é fundamental para evitar participação involuntária em esquemas criminosos.
Investigações em andamento
A Polícia Civil de Chapecó já mantém contato com a polícia gaúcha, onde um inquérito similar foi instaurado em Caxias do Sul. Um novo inquérito será aberto em Chapecó para localizar os materiais subtraídos e identificar os responsáveis.
Os crimes têm se mostrado sofisticados, com os golpistas utilizando informações detalhadas sobre o mercado local para ganhar a confiança das vítimas. A polícia reforça a necessidade de extrema cautela em transações comerciais não convencionais.
Qualquer informação sobre esses crimes pode ser repassada anonimamente à Polícia Civil através dos canais oficiais de denúncia.






