O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) obteve, nesta quarta-feira (6), a condenação de Adriano Junior dos Santos a 30 anos e quatro meses de prisão em regime fechado, além de 16 dias-multa. A sentença foi proferida pelo Tribunal do Júri da Comarca de Chapecó.
O réu foi julgado pelos crimes de homicídio qualificado, tentativa de homicídio qualificado e integração em organização criminosa armada. A motivação do crime teria sido a rivalidade entre facções que atuam no estado.
Dois ataques em menos de três meses
De acordo com a denúncia do MPSC, a primeira tentativa de homicídio ocorreu em 12 de agosto de 2022, no bairro Passo dos Fortes, em Chapecó. O réu e um comparsa efetuaram diversos disparos contra a vítima, Giovanni, que foi atingido na mão esquerda, abdômen e clavícula, mas sobreviveu após ser socorrido.
O segundo ataque aconteceu em 7 de novembro de 2022, por volta das 7h, no estacionamento do pronto-socorro do Hospital Regional do Oeste. Giovanni, que buscava atendimento médico, foi surpreendido e alvejado por dez disparos. Ele morreu ainda no local.
Organização criminosa e execução imediata da pena
O comparsa de Adriano já havia sido condenado em abril deste ano a 25 anos e quatro meses de prisão. Ambos foram identificados como integrantes de uma organização criminosa armada de alta periculosidade.
Durante o julgamento, o Conselho de Sentença reconheceu todas as qualificadoras e agravantes apresentadas pelo MPSC, incluindo o motivo torpe e o uso de recurso que dificultou a defesa da vítima.
A juíza responsável negou ao réu o direito de recorrer em liberdade, autorizando a execução imediata da pena com base em jurisprudência do Supremo Tribunal Federal (STF).