O Boletim de Preços do Cesto Básico, elaborado pelo curso de Ciências Econômicas da Unochapecó e pelo Observatório Pollen, apontou queda no custo mensal de produtos e serviços essenciais em Chapecó. A pesquisa, realizada nos dias 7 e 8 de agosto em 10 estabelecimentos, mostrou que o consumidor precisa agora de 1,765 salários-mínimos para adquirir o cesto, equivalente a R$ 2.679,13.
O recuo representa R$ 27,35 a menos em relação a julho, indicando leve melhora no poder de compra das famílias com renda entre 1 e 5 salários-mínimos.
Principais quedas e altas do Cesto Básico
O índice geral caiu 1,01% em agosto, influenciado por reduções nos itens in natura:
- Batata inglesa: -31,81%
- Cebola: -23,53%
- Tomate: -21,00%
- Laranja: -19,83%
Entre as maiores altas, destacaram-se:
- Extrato de tomate: +88,95%
- Vinagre: +12,36%
- Banana: +11,05%
- Leite: +9,60%
Variação por categoria
- Produtos alimentares: -0,23% (com queda de 7,10% nos in natura)
- Semi-industrializados: +0,68%
- Industrializados: +2,77%
- Produtos não alimentares: -8,21% (higiene -12,30%)
Nos serviços tarifados, a energia elétrica recuou 2,36%, enquanto água e gás permaneceram estáveis.
Cesta Básica: 13 itens essenciais
A Cesta Básica, composta por 13 alimentos essenciais, teve queda de 2,77%, passando de R$ 643,18 para R$ 625,38 — o equivalente a 0,412 salários-mínimos.
Quedas mais relevantes:
- Tomate: -20,99%
- Batata inglesa: -10,41%
- Feijão preto: -9,65%
- Café: -3,51%
Altas registradas:
- Banana: +11,05%
- Leite: +9,61%
- Pão francês: +4,98%
Análise do cenário
O recuo nos preços foi favorecido pela supersafra de arroz e maior oferta de laranja. Por outro lado, a alta nos produtos industrializados e o impacto de custos como energia elétrica sustentaram algumas elevações.
O resultado aponta para a necessidade de atenção de consumidores, comerciantes e formuladores de políticas a fim de proteger o poder de compra das famílias.