O julgamento do assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes finalmente tem data marcada no Supremo Tribunal Federal (STF). O ministro Flávio Dino, presidente da Primeira Turma, definiu as sessões para os dias 24 e 25 de fevereiro do próximo ano. Os três acusados de serem mandantes do crime, incluindo os irmãos Brazão, serão julgados.
A primeira sessão está agendada para começar às 9h do dia 24, uma terça-feira. Caso necessário, o plenário se reunirá novamente na tarde do mesmo dia e em uma sessão extra no dia 25. A definição ocorreu nesta sexta-feira (5), depois que o processo foi liberado pelo relator, ministro Alexandre de Moraes.
Cinco réus, incluindo mandantes e executores, responderão ao processo
São réus no processo o conselheiro do TCE-RJ Domingos Brazão, o ex-deputado Chiquinho Brazão, o ex-chefe da Polícia Civil Rivaldo Barbosa, o major da PM Ronald Alves de Paula e o ex-PM Robson Calixto. Todos estão presos preventivamente. Conforme a delação de Ronnie Lessa, réu confesso pelos disparos, os irmãos Brazão e Barbosa atuaram como mandantes do crime.
Segundo as investigações, o assassinato está ligado ao posicionamento contrário de Marielle aos interesses do grupo político dos Brazão, que tem ligação com milícias em áreas fundiárias do Rio. Os acusados negaram participação nos depoimentos.
Julgamento ocorre após recesso e sete anos do crime
O julgamento foi agendado para fevereiro devido ao recesso de fim de ano no STF, que vai de 19 de dezembro a 1º de fevereiro. Portanto, a sociedade aguardará mais algumas semanas pelo início deste processo histórico, que completa sete anos em março de 2025.
A expectativa é que as sessões esclareçam definitivamente as motivações e a autoria intelectual do crime que chocou o país. O caso é considerado um marco na luta por justiça e no combate à impunidade de crimes políticos.
Em resumo, a data representa um passo crucial na busca por respostas. A sociedade brasileira acompanhará atentamente cada etapa deste julgamento.






