O salário mínimo terá um aumento de R$ 103 no próximo ano, passando de R$ 1.518 para R$ 1.621 a partir de janeiro de 2026. O reajuste de 6,79% foi confirmado nesta quarta-feira (10) pelo Ministério do Planejamento e Orçamento. O novo valor será pago aos trabalhadores no mês de fevereiro.
O cálculo segue a regra vigente, que combina a inflação do período e o crescimento da economia. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) acumulado em 12 meses ficou em 4,18%. A este percentual, somou-se o ganho real limitado pelo arcabouço fiscal, resultando no aumento final de 6,79%.
Valor é menor do que a estimativa inicial do Orçamento de 2026
O valor confirmado é ligeiramente inferior à previsão inicial do governo. O Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para 2026 estimava o mínimo em R$ 1.627, um reajuste de 7,18%. A revisão se deu após a consolidação dos índices econômicos oficiais, exigindo um ajuste nas contas públicas para o próximo ano.
Pela regra do arcabouço fiscal, o ganho real (acima da inflação) fica limitado a uma faixa entre 0,6% e 2,5%. O crescimento do PIB de 2024, revisado para 3,4%, entrou no cálculo, mas o limite estabelecido pela lei de controle de gastos definiu o patamar final.
Entenda como é calculado o novo salário mínimo
O reajuste anual do salário mínimo é determinado por uma fórmula fixa:
- Correção pela inflação medida pelo INPC dos últimos 12 meses (4,18%).
- Acréscimo pelo crescimento do PIB de dois anos anteriores, dentro do limite de 0,6% a 2,5% estabelecido pelo arcabouço fiscal.
A combinação desses dois fatores resultou no aumento de 6,79%. O valor de R$ 1.620,99 foi arredondado para R$ 1.621, conforme previsto em lei.
Portanto, milhões de trabalhadores formais, informais e aposentados terão seus rendimentos corrigidos por este índice. O reajuste impacta diretamente o orçamento familiar e o valor de benefícios previdenciários.
Em resumo, o novo mínimo reflete a política de valorização dentro dos limites fiscais. O trabalhador terá um ganho real, ainda que modesto, para compensar a perda inflacionária.






