O encerramento do ano fiscal exige atenção redobrada das empresas. Especialistas alertam que cumprir as rotinas mensais não é suficiente; é preciso uma revisão completa para garantir a conformidade e evitar penalidades. Confira orientações essenciais para concluir o exercício de 2025 com segurança.
O professor Geraldo Luís Silva, coordenador de Gestão EAD da Estácio, destaca a importância do processo. “O fechamento do ano fiscal é um momento estratégico. É a chance de avaliar desempenho, identificar falhas e planejar o próximo ciclo”, afirma. A seguir, listamos os pontos críticos que demandam cuidado.
1. Revise as demonstrações contábeis obrigatórias
O ano fiscal no Brasil segue o calendário civil, de 1º de janeiro a 31 de dezembro. Nesse período, as empresas precisam consolidar documentos fundamentais que representem com precisão sua realidade financeira. Os três principais são:
- Balanço Patrimonial
- Demonstração do Resultado do Exercício (DRE)
- Demonstração do Fluxo de Caixa
“Esses documentos são a base para decisões estratégicas e garantem a transparência das informações”, explica o professor Silva. Portanto, sua exatidão é fundamental.
2. Verifique minuciosamente o recolhimento de tributos
Um dos pontos mais críticos é a regularidade fiscal. É fundamental confirmar o recolhimento em dia de todos os tributos federais, estaduais e municipais. Entre os principais estão:
- ICMS (estadual) e ISS (municipal)
- PIS e COFINS (federais)
- INSS e FGTS (obrigações trabalhistas)
- IRPJ e CSLL (impostos sobre o lucro)
Além dos pagamentos, é necessário revisar as declarações acessórias, como DCTF, DIRF, ECF e ECD. Atrasos ou inconsistências podem resultar em multas pesadas, bloqueio do CNPJ e restrições ao crédito.
3. Atenção especial para os Microempreendedores Individuais (MEI)
Embora o processo seja mais simples, o MEI não pode negligenciar suas obrigações. As duas tarefas principais são:
- Quitar todas as guias do DAS até 31 de dezembro.
- Preparar a Declaração Anual do Simples Nacional (DASN-SIMEI), que deve ser entregue até o último dia de maio do ano seguinte.
Manter a regularidade é crucial. “Isso garante benefícios previdenciários e assegura a emissão de notas fiscais”, reforça Silva.
4. Regimes de Lucro Real e Presumido exigem revisão extra
Empresas enquadradas nesses regimes tributários devem redobrar a atenção. O foco deve estar no cálculo e entrega dos impostos sobre o lucro (IRPJ e CSLL), além do cumprimento de obrigações específicas de cada regime. É essencial conferir toda a documentação exigida para entregas trimestrais e anuais, evitando surpresas desagradáveis com a Receita Federal.
5. Vá além da burocracia: use o fechamento a seu favor
Mais do que uma obrigação, o fechamento do ano fiscal é uma oportunidade estratégica. É o momento ideal para fazer uma análise profunda do desempenho financeiro, identificar pontos de melhoria e traçar planos mais assertivos para o próximo ciclo.
“A regularidade contábil e fiscal fortalece a credibilidade e a sustentabilidade do negócio”, finaliza o professor Silva. Portanto, dedique tempo a esse processo. Ele não só protege a empresa de riscos, mas também fornece insights valiosos para crescer de forma sólida em 2026.






