Os Estados Unidos anunciaram a remoção de tarifas sobre importações de alimentos da Argentina, Equador, Guatemala e El Salvador. A medida, parte de acordos-quadro que devem ser finalizados nas próximas duas semanas, visa reduzir preços de café, bananas e outros produtos para consumidores norte-americanos.
Redução de preços no varejo norte-americano
Uma autoridade do governo Trump afirmou que os acordos devem ajudar a baixar preços de alimentos como café e bananas. A expectativa é que os varejistas repassem os efeitos positivos aos consumidores, aliviando o custo de vida nos Estados Unidos.
O secretário do Tesouro, Scott Bessent, já havia adiantado na quarta-feira (12) que “anúncios substanciais” seriam feitos em breve. Esta iniciativa ocorre após derrotas republicanas nas eleições recentes, impulsionadas em parte pelas preocupações com a alta de preços.
Acordos mantêm tarifas gerais, mas removem sobre produtos específicos
Os acordos-quadro manterão as tarifas de 10% sobre a maioria dos produtos de El Salvador, Guatemala e Argentina, e 15% para importações do Equador. No entanto, eliminarão as tarifas norte-americanas sobre itens que não são produzidos nos EUA, como café e bananas equatorianas.
Segundo as autoridades, as negociações incluem compromissos de não cobrar impostos sobre serviços digitais de empresas norte-americanas, além da remoção de tarifas sobre produtos agrícolas e industriais dos EUA nos países parceiros.
Contexto político influencia decisões comerciais
O presidente Donald Trump tem se focado intensamente na acessibilidade econômica após derrotas eleitorais republicanas. Ele atribui os custos mais altos às políticas do ex-presidente Joe Biden, não às suas próprias tarifas abrangentes.
Economistas, no entanto, apontam que as tarifas de importação impostas por Trump a quase todos os países contribuíram para a inflação que preocupa os eleitores.
Expansão para outros países em negociação
As autoridades norte-americanas mantêm conversas “construtivas” com outros países da América Central e do Sul. A expectativa é que mais acordos comerciais sejam concluídos antes do final do ano, seguindo o modelo dos acordos com países asiáticos anunciados em outubro.
O ministro das Relações Exteriores da Argentina, Pablo Quirno, comemorou o acordo, afirmando que “criaria as condições” para impulsionar os investimentos dos EUA no país, agradecendo ao presidente Javier Milei por sua convicção nas negociações.
Estes movimentos representam uma reorientação na política comercial norte-americana, buscando equilibrar protecionismo com a necessidade de aliviar pressões inflacionárias sobre os consumidores.







