terça-feira, 21 outubro, 2025

Chuva de meteoros Orionídeas terá pico de observação no Brasil nesta semana

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Os céus do Brasil estarão especialmente iluminados nesta semana com a chuva de meteoros Orionídeas, um dos fenômenos astronômicos mais esperados do ano. De acordo com o Observatório Nacional (ON), o pico de observação ocorrerá entre as noites de terça-feira (21) e quinta-feira (23), podendo ser visto de todas as regiões do país.

Fenômeno poderá ser visto a olho nu

O melhor horário para acompanhar o espetáculo será da meia-noite até o amanhecer. Segundo o ON, as condições de visibilidade serão “excelentes” em todo o território brasileiro. A expectativa é que seja possível observar de 15 a 20 meteoros por hora, sob um céu escuro e livre da interferência da Lua Nova, que estará apenas 2% iluminada.

O astrônomo Marcelo De Cicco, coordenador do Projeto Exoss, explicou que os meteoros da Orionídeas são extremamente rápidos — podendo alcançar 66 km/s — e deixam rastros luminosos no céu. “Mesmo nas regiões Sul e Sudeste, onde o radiante fica mais baixo, o espetáculo é garantido”, destacou.

Origem do nome Orionídeas

O nome da chuva faz referência à constelação de Órion, de onde os meteoros parecem se originar, próxima à estrela Betelgeuse. A constelação é uma das mais reconhecidas do céu noturno, marcada pelas três estrelas conhecidas como as Três Marias. Embora pareçam surgir dessa região, os meteoros podem aparecer em qualquer ponto do céu.

Como observar a chuva de meteoros

Para uma melhor visualização, o Observatório recomenda procurar locais escuros e afastados das cidades, sem iluminação artificial. “É importante apagar as luzes ao redor e permitir que os olhos se adaptem à escuridão por cerca de 30 minutos”, orienta a Nasa. Não é necessário o uso de telescópios ou binóculos.

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De onde vêm as Orionídeas?

As chuvas de meteoros são formadas por detritos deixados por cometas que cruzam a órbita terrestre. No caso das Orionídeas, os fragmentos vêm do cometa Halley, que passa pela Terra a cada 75 a 76 anos. Quando essas partículas entram em alta velocidade na atmosfera, queimam e criam as trilhas luminosas visíveis a olho nu.

O Halley é responsável por duas chuvas de meteoros: as Eta Aquáridas, observadas em maio, e as Orionídeas, entre outubro e novembro — quando a Terra atravessa a parte mais densa da trilha deixada pelo cometa.

Importância científica

Além do espetáculo visual, as chuvas de meteoros têm valor científico relevante. O estudo desses eventos permite estimar a densidade e o período de maior incidência de detritos espaciais na Terra, ajudando missões espaciais a proteger satélites e naves. Também contribui para o entendimento da formação do Sistema Solar, já que a análise dos meteoros revela informações sobre a composição dos cometas.

O cometa Halley

Descoberto em 1705 por Edmond Halley, o cometa tem dimensões de 16 x 8 x 8 quilômetros e um dos menores índices de reflexão de luz do Sistema Solar — reflete apenas 3% da luz solar recebida. Sua última passagem próxima à Terra ocorreu em 1986, e a próxima está prevista para 2061.

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