O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta sexta-feira (21) a prisão do deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ). A decisão ocorre após informações de que o parlamentar está em Miami, nos Estados Unidos, violando suas medidas cautelares.
Ramagem, ex-diretor da Abin no governo Bolsonaro, foi condenado a 16 anos de prisão na ação penal da trama golpista e recorria em liberdade. Ele estava proibido de deixar o país e tinha entregue seus passaportes.
Como a suposta fuga foi descoberta
O site PlatôBR revelou na última quarta-feira (19) que Ramagem está em Miami. A equipe do site filmou o deputado entrando em um condomínio na cidade norte-americana. As imagens levantaram suspeitas sobre como ele conseguiu sair do Brasil.
A Câmara dos Deputados confirmou que não autorizou nenhuma missão oficial do parlamentar ao exterior. A Casa também não foi comunicada sobre seu afastamento do território nacional.
Atestados médicos e repercussão política
Conforme a Câmara, Ramagem apresentou atestados médicos que cobriam períodos entre setembro e dezembro. Os documentos justificariam suas ausências, mas não explicam sua presença nos Estados Unidos.
Após a divulgação da notícia, deputados do PSOL solicitaram formalmente a prisão do ex-diretor da Abin ao Supremo. A defesa do parlamentar informou que não se manifestará sobre o caso.
Contexto do processo
Alexandre Ramagem foi condenado por seu envolvimento na trama golpista que seguiu as eleições de 2022. Durante as investigações, o ministro Alexandre de Moraes impôs várias medidas cautelares contra ele.
Além da proibição de sair do país, o deputado teve que entregar todos os seus passaportes. Agora, a suposta violação dessas condições resultou no mandado de prisão expedido pelo STF.
Os detalhes sobre como Ramagem deixou o Brasil ainda não foram divulgados oficialmente. A íntegra da decisão de Moraes também ainda não foi publicada.







