quinta-feira, 31 julho, 2025

Você consome sem saber: alimento usado diariamente pode favorecer o câncer

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Narciso Barone – Redação Site On

Produtos comuns na alimentação de milhões de pessoas — como refrigerantes diet e o óleo usado nas frituras — estão sendo revistos pela ciência. Estudos recentes sugerem que alguns desses itens, tão presentes na rotina, podem aumentar o risco de desenvolver certos tipos de câncer, inclusive os mais agressivos.

Um dos focos mais recentes é o aspartame, um adoçante artificial encontrado em bebidas diet, chicletes e balas. A Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (Iarc), órgão ligado à OMS, deve classificá-lo como “possivelmente cancerígeno”. Não significa que a substância causa câncer diretamente, mas os indícios são fortes o suficiente para acender um alerta.

Leia também: 5 primeiros sintomas do câncer de cólon que você precisa ficar de olho

Óleos vegetais também preocupam pesquisadores

Outro ponto de atenção vem dos óleos vegetais, especialmente os ricos em ácido linoleico, como o óleo de soja. Uma pesquisa conduzida pela Weill Cornell Medicine, nos Estados Unidos, apontou que essa gordura pode estimular o crescimento do câncer de mama triplo negativo, um dos tipos mais agressivos da doença.

E não é só na frigideira de casa que esses óleos aparecem. Eles são amplamente usados pela indústria em alimentos ultraprocessados — como biscoitos, salgadinhos, molhos prontos e comidas congeladas. Segundo diferentes estudos, esse tipo de alimentação está sendo ligado ao aumento de câncer colorretal, especialmente em pessoas com menos de 50 anos.

O padrão alimentar moderno está no centro do debate

O problema, segundo os especialistas, não está apenas em um ou outro ingrediente isolado, mas no conjunto da dieta moderna, que é rica em industrializados, pobre em alimentos naturais e carregada de substâncias com potencial inflamatório.

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Esse desequilíbrio pode favorecer processos silenciosos no organismo, abrindo espaço para doenças crônicas como diabetes, hipertensão e, claro, o câncer. Um dos pontos citados com frequência é a desproporção entre ômega-6 e ômega-3. Consumimos muito mais do primeiro, presente em óleos refinados, e quase nada do segundo, encontrado em peixes, sementes e vegetais verdes.

O que dá para fazer na prática?

A boa notícia é que há sim maneiras de reduzir o risco — e elas são acessíveis. Segundo a OMS, manter um estilo de vida saudável pode fazer uma grande diferença.

Veja algumas orientações que realmente funcionam:

  • Dê prioridade aos alimentos naturais: frutas, verduras, legumes, grãos integrais e proteínas de qualidade.
  • Evite produtos ultraprocessados: quanto menos ingredientes no rótulo, melhor.
  • Reduza o consumo de óleos refinados: prefira azeite de oliva ou óleo de coco para o preparo dos alimentos.
  • Troque o refrigerante por sucos naturais ou água com limão.
  • Mexa o corpo: 30 minutos de atividade física por dia já fazem diferença.

Não é moda, é prevenção

Mudar a alimentação não precisa ser um sacrifício ou uma imposição. É um investimento em qualidade de vida, bem-estar e prevenção. Estudos mostram que quem adota esse estilo de vida tem até 18% menos risco de desenvolver câncer.

No fim das contas, comer bem é um gesto de cuidado consigo mesmo. E, às vezes, tudo começa com uma simples pergunta diante do prato: isso aqui me aproxima ou me afasta da saúde que eu quero ter?

Fonte: Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (Iarc) e informações da OMS

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