Um jovem de 25 anos morreu após ingerir bebida alcoólica adulterada com metanol em Osasco, na Região Metropolitana de São Paulo. O óbito, ocorrido em 23 de setembro, foi confirmado no boletim divulgado pelo governo paulista nesta terça-feira (22), elevando para sete o número de mortes no estado por intoxicação por metanol.
Casos de intoxicação por metanol no Brasil
De acordo com o Ministério da Saúde, o Brasil já contabiliza dez mortes confirmadas por ingestão de bebidas contaminadas com metanol. Além das sete vítimas em São Paulo, foram registrados dois óbitos em Pernambuco e um no Paraná.
O estado de São Paulo é o mais afetado, com 42 casos confirmados. Entre as vítimas estão três homens da capital (de 54, 46 e 45 anos), uma mulher de 30 anos de São Bernardo do Campo, dois homens de 23 e 25 anos de Osasco e outro de 37 anos de Jundiaí.
Outros onze casos seguem em investigação em São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Pernambuco e Paraíba. Em todo o país, já são 53 intoxicações confirmadas e 28 mortes suspeitas descartadas.
Sintomas da intoxicação por metanol
Os principais sinais da intoxicação por metanol incluem visão turva, desconforto gástrico e quadros de gastrite. Em casos mais graves, a substância pode causar cegueira irreversível e até morte.
Especialistas alertam que, ao apresentar sintomas como náuseas, vômitos, dor abdominal e sudorese, a pessoa deve procurar imediatamente uma unidade de saúde. A demora no atendimento pode agravar o quadro e aumentar o risco de óbito.
Emergência médica e canais de atendimento
A intoxicação por metanol é considerada uma emergência médica grave. No organismo, o metanol é metabolizado em substâncias tóxicas, como formaldeído e ácido fórmico, que comprometem órgãos vitais e podem levar à morte.
Em caso de suspeita, é fundamental buscar socorro imediatamente e acionar um dos seguintes canais de emergência:
- Disque-Intoxicação da Anvisa: 0800 722 6001
- CIATox da sua cidade (Centro de Informação e Assistência Toxicológica)
- Centro de Controle de Intoxicações de São Paulo (CCI): (11) 5012-5311 ou 0800-771-3733 (ligação gratuita em todo o país)
Autoridades reforçam a importância de orientar outras pessoas que consumiram a mesma bebida, recomendando que procurem um serviço de saúde para avaliação e tratamento adequado.