Notícias de Chapecó – O prefeito de Chapecó, João Rodrigues (PSD), surpreendeu os moradores ao anunciar uma medida que promete mudar o funcionamento das unidades de pronto atendimento (UPAs) do município. A partir desta semana, os atestados médicos sem real necessidade estão suspensos, segundo vídeo divulgado pelo próprio prefeito na terça-feira (4).
Na gravação, Rodrigues mostrou a UPA Central completamente lotada, com pacientes espalhados pelos corredores e longas filas de espera. O prefeito classificou a situação como “insustentável” e afirmou que muitas pessoas estavam utilizando o serviço apenas para obter atestados, sem apresentar sintomas que justificassem atendimento médico emergencial.
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Nova regra cria o “atestado consciente” em Chapecó
Menos de 24 horas após o anúncio, o prefeito voltou às redes sociais com um novo vídeo mostrando o resultado da medida. A unidade que antes estava superlotada agora aparecia praticamente vazia.
“Não vai ter mais atestado. Você só virá na UPA se realmente precisar de atendimento médico. Veja a diferença de ontem para hoje”, declarou Rodrigues.
O médico plantonista, Dr. Lazaret, confirmou a mudança na rotina: “Agora são 18h17 e não temos nenhum paciente aguardando. Todos os que passaram pela triagem já foram atendidos.”
Segundo o prefeito, a nova regra institui o chamado “atestado consciente”, que será emitido apenas em casos específicos — como internações, observação clínica ou doenças comprovadas por diagnóstico médico. O objetivo, segundo ele, é garantir que o sistema de saúde priorize quem realmente precisa.
Repercussão entre moradores e profissionais de saúde
A decisão gerou ampla repercussão nas redes sociais. Enquanto alguns moradores apoiaram a medida, afirmando que “a saúde pública precisa de mais responsabilidade”, outros criticaram a forma como o anúncio foi feito.
Profissionais da saúde destacaram que a triagem precisa ser criteriosa para evitar que pacientes com sintomas leves, mas reais, deixem de receber atendimento adequado.
Com tom irônico, o prefeito comemorou o impacto imediato da decisão:
“Olhem como estava e como está. Em nome de Jesus, todos foram curados”, brincou Rodrigues.
Superlotação nas UPAs de Chapecó
A superlotação das unidades de pronto atendimento em Chapecó é um problema recorrente. Segundo dados da Secretaria de Saúde, em dias de pico, a UPA chega a atender mais de 700 pessoas por dia, muitas delas com casos que poderiam ser resolvidos em unidades básicas de saúde (UBSs).
Com a nova medida, a prefeitura espera desafogar o sistema e reduzir o tempo de espera para casos graves, como emergências cardíacas, respiratórias e acidentes.







