segunda-feira, 13 outubro, 2025

Mais que uma feira, uma viagem no tempo olhando para o futuro

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Uma casa de madeira, erguida em 1922 pelo Coronel Ernesto Francisco Bertaso, carrega mais de um século de história e memórias de Chapecó. O imóvel, em estilo italiano, é um símbolo da trajetória da cidade e um dos pontos de lembrança mais afetivos para o empresário Flávio Pasquali, bisneto do Coronel Bertaso.

Originalmente construída no centro, a casa foi doada ao município em 1991 para integrar o Parque Tancredo de Almeida Neves — hoje denominado Dr. Valmor Ernesto Lunardi — e se tornou patrimônio histórico de Chapecó.

“Minha lembrança é olhar a casa do meu bisavô da janela da minha casa. Lembro muito da minha bisavó e de quando jogávamos no porão da casa dela”, conta Flávio.

A história da Efapi — e, de certa forma, do próprio município — se mistura às recordações de Pasquali. Ele é filho de Ernesto Luiz Pasquali, engenheiro do Departamento de Estradas de Rodagem (DER) e presidente da 3ª edição da feira, em 1973. Recorda, com nitidez, o entusiasmo do pai em contribuir para a modernização da estrutura e a cobertura parcial dos pavilhões.

“Eu tinha apenas cinco anos quando comecei a vir à feira. Desde então, esse parque e esse evento sempre tiveram uma representação muito forte para Chapecó e para a região. A Efapi nasceu como uma feira agropecuária e industrial, e foi aqui que aconteceram as primeiras evoluções: melhorias na genética do gado, chegada dos primeiros touros e reprodutores, além dos primeiros terrenos e lançamentos imobiliários apresentados pelas empresas”, lembra.

Primeiro pavilhão

Em 1973, parte da estrutura do estádio da Ressacada, do Avaí, foi trazida para Chapecó e utilizada na construção do primeiro pavilhão da Efapi. “Meu pai nos trazia aqui para acompanhar as obras. Lembro também das reuniões da Comissão Central Organizadora, que eram realizadas em minha casa. Eu tinha nove anos, ajudava a servir água aos participantes e observava como tudo era planejado”, recorda Flávio.

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Hoje, o único pavilhão remanescente desde a primeira edição da feira é o que antes abrigava o setor de artesanato, e que nesta edição está sendo utilizado pelo comércio.

Para Pasquali, cada edição da Efapi reflete o avanço tecnológico e o esforço coletivo que marcaram o desenvolvimento da cidade.

“É um tijolo aqui, outro lá, mas sempre um trabalho contínuo, que começou com aqueles que trouxeram melhorias genéticas, reuniram a região, criaram a festa e, depois, vieram os shows. É sempre bom olhar para trás e ver quantas pessoas de Chapecó foram responsáveis por esse desenvolvimento. Chapecó é uma das melhores cidades do Brasil para empreender — e, com certeza, uma das melhores para viver e ter sua família”, afirma.

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