Por: Mayara Leite – Redatora Seo On
Economia – O setor de serviços no Brasil registrou alta de 0,3% em julho na comparação com o mês anterior, segundo dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Este é o sexto resultado positivo consecutivo, refletindo a resiliência do setor mesmo em um cenário de aperto monetário.
Na comparação com julho de 2024, o crescimento foi de 2,8%, superando a expectativa de 2,6% projetada por economistas consultados pela Reuters. O desempenho anual renovou o ponto mais alto da série histórica do setor.
Atividades em destaque
Das cinco atividades de serviços acompanhadas pelo IBGE, três registraram crescimento em julho:
- Informação e comunicação: avançou 1%;
- Serviços profissionais, administrativos e complementares: cresceram 0,4%;
- Serviços prestados às famílias: subiram 0,3%.
Por outro lado, os transportes apresentaram a maior retração (-0,6%), influenciados pela queda nas receitas do transporte aéreo após cinco meses consecutivos de crescimento, em meio à alta dos preços das passagens. Outros serviços recuaram 0,2%.
Perspectivas e política monetária
O Banco Central, que deve se reunir na próxima semana para definir a taxa de juros, tem ressaltado preocupação com a resiliência da inflação do setor de serviços, que opera acima do seu potencial. A expectativa é de manutenção da Selic em 15%, refletindo a necessidade de equilíbrio entre crescimento econômico e controle da inflação.
Análise econômica
Segundo Rodrigo Logo, gerente da pesquisa do IBGE, o resultado reforça a importância do setor de serviços na economia brasileira, responsável por grande parte do PIB e da geração de empregos. Apesar da alta, segmentos como transportes e outros serviços ainda mostram sensibilidade a fatores externos, como variação de preços e demanda por viagens.
O setor de serviços segue sendo monitorado de perto pelo mercado, especialmente diante das pressões inflacionárias e das decisões futuras de política monetária.
Fonte: Portal CNN