O Índice de Confiança do Consumidor (ICC), desenvolvido pelo curso de Ciências Econômicas da Unochapecó e pelo Observatório Pollen, mede a percepção dos consumidores chapecoenses sobre sua situação financeira, intenção de compras e a economia do país. A queda do índice reflete um cenário de maior cautela e incerteza, podendo impactar negativamente o comércio e os serviços locais. No mês de fevereiro de 2025, o ICC apresentou uma queda expressiva de -19,21% em relação a janeiro, passando de 93,91 para 75,87 pontos — a maior redução desde junho de 2024.
Entre os fatores que podem ter influenciado essa queda estão a alta cotação do dólar, que mesmo com uma leve redução em janeiro, permaneceu elevada, próxima de R$ 5,80. Além disso, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou aumento de 0,16% no mês, reforçando as preocupações inflacionárias para os próximos períodos. Diante desse cenário, a taxa Selic subiu de 12,25% para 13,25% ao ano, tornando o crédito mais caro e desestimulando o consumo. Esse comportamento do ICC em Chapecó acompanha a tendência nacional, já que o índice calculado pela Fundação Getulio Vargas (FGV) para o Brasil também apresentou queda significativa.
Ao analisar os componentes do ICC, observa-se que tanto o Índice de Condições Econômicas (ICE), que avalia a percepção sobre as finanças pessoais e a economia nos últimos 12 meses, quanto o Índice de Expectativas de Consumo (IEC), que mede o otimismo para o futuro, apresentaram retração. O ICE caiu 12,27%, atingindo 87,74 pontos, enquanto o IEC teve uma redução ainda mais acentuada, variando -23,94% e chegando a 68,58 pontos. Essa deterioração na confiança do consumidor indica um cenário de alerta para o comércio e serviços da cidade, reforçando a necessidade de atenção para os próximos meses.