As exportações de Santa Catarina recuaram 11% em novembro de 2025, na comparação com o mesmo mês do ano anterior, totalizando US$ 941 milhões. Apesar da queda mensal, o saldo acumulado no ano segue positivo: de janeiro a novembro, as vendas externas do estado cresceram 3,5%, alcançando US$ 11,1 bilhões. Os dados são do MDIC compilados pelo Observatório FIESC.
As carnes de aves e suínos mantiveram a liderança na pauta de exportação, mesmo com quedas de 0,4% e 20,9%, respectivamente, em novembro. Por outro lado, produtos como a soja (alta de 33,8%) e o tabaco manufaturado (crescimento expressivo de 186,5%) compensaram parte das perdas. Setores como móveis, madeira serrada e partes de motor registraram quedas significativas.
Queda generalizada nos principais destinos, exceto no Chile
Em novembro, a maioria dos principais destinos das mercadorias catarinenses apresentou desempenho negativo. As vendas para os Estados Unidos caíram 55,8%, para a China recuaram 17,8% e para o México diminuíram 5,7%. A Argentina, que vinha equilibrando as perdas, também registrou queda de 25,6%. O Chile foi a exceção, com um crescimento robusto de 38,5% nas exportações catarinenses.
No acumulado do ano, os EUA seguem como o principal destino, apesar da queda de 14,1% atribuída ao “tarifaço”. As vendas para a China caíram 9,1%, enquanto as exportações para a Argentina cresceram 19,2% no período.
Importações têm leve recuo em novembro, mas sobem no acumulado anual
As importações do estado somaram US$ 2,8 bilhões em novembro, uma leve queda de 2,7% frente ao mesmo mês de 2024. No entanto, no acumulado de janeiro a novembro, houve um crescimento de 1,1%, totalizando US$ 31,3 bilhões. A China se mantém como a principal origem dos produtos, respondendo por 42,6% do total importado.
Portanto, o cenário de novembro reflete a volatilidade do comércio exterior, impactado por fatores como barreiras tarifárias e oscilações na demanda global. Apesar do mês fraco, o resultado acumulado do ano ainda é de expansão para as exportações catarinenses, sustentado pela força do agronegócio.
Em resumo, Santa Catarina mantém sua relevância no comércio internacional, mas enfrenta desafios em mercados tradicionais. A diversificação de destinos e produtos será fundamental para a sustentabilidade do crescimento.






