Até as 10h da manhã desta quarta-feira (20), o Impostômetro da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) registrou que os brasileiros já pagaram R$ 2,5 trilhões em tributos desde o início de 2025. O valor inclui impostos, taxas e contribuições para os governos federal, estaduais e municipais, além de multas, juros e correções monetárias.
Essa marca histórica foi atingida 23 dias antes
Principais motivos para o aumento da arrecadação
Segundo o economista da ACSP, Ulisses Ruiz de Gamboa, diversos fatores ajudaram a acelerar o recolhimento de tributos:
- Tributação sobre fundos exclusivos e offshores;
- Mudanças nas regras de incentivos fiscais estaduais;
- Retomada da tributação sobre combustíveis;
- Impostos sobre apostas online (bets);
- Tributação de encomendas internacionais, como a taxa das “blusinhas”;
- Reoneração gradual da folha de pagamentos;
- Fim de benefícios fiscais para o setor de eventos (PERSE);
- Aumento das alíquotas do ICMS em alguns estados;
- Elevação do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).
Decisão do STF impacta o IOF
Uma decisão recente do Supremo Tribunal Federal (STF) restabeleceu o Decreto 12.499/2025, que alterou as alíquotas do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras). As mudanças afetam operações de crédito, câmbio, seguros e investimentos em fundos, enquanto apenas alterações ligadas a operações de “risco sacado” foram revogadas.
O decreto impacta cooperativas de crédito, seguradoras, empresas do comércio exterior e investidores, e seus efeitos são válidos desde a publicação, em 11 de junho.
Perguntas rápidas sobre a arrecadação
- Quanto os brasileiros já pagaram em tributos em 2025? R$ 2,5 trilhões até a manhã de 20 de março.
- O número é maior que em 2024? Sim, a marca foi atingida 23 dias antes.
- Principais motivos do aumento: inflação, crescimento do consumo, mudanças em regras tributárias e novas cobranças.
- O que mudou no IOF? STF validou alterações de alíquotas para operações financeiras, afetando diversos setores.
O crescimento acelerado da arrecadação evidencia que a carga tributária brasileira continua elevada, pressionando consumidores e empresas. Decisões judiciais recentes, como a que alterou o IOF, reforçam a influência dos impostos no dia a dia da economia nacional.