sexta-feira, 17 maio, 2024

SC registra crescimento na produção industrial

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Divulgação

A produção industrial catarinense cresceu 0,5% em agosto, em relação a julho, na série livre de efeitos sazonais. O resultado foi semelhante à média nacional, que avançou 0,4% no mês. Em comparação com o mesmo período de 2022, houve crescimento de 0,2% em Santa Catarina, primeira variação positiva na análise interanual desde 2021. Segundo análise do Observatório FIESC, o cenário é de manutenção do processo de recuperação gradual da produção industrial, observada desde setembro do ano passado.

A recuperação pode ser ilustrada pelo desempenho do setor de equipamentos elétricos, que registrou alta de 14,7% em agosto na comparação com o mesmo mês em 2022. “A expansão se deve, em particular, à fabricação de eletrodomésticos, que, devido às restrições ao crédito no mercado doméstico, teve em 2022 um de seus piores resultados na série histórica. Já neste ano, é notável uma retomada parcial nos níveis de produção, influenciada pelo início da queda nas taxas de juros e, principalmente, pelo aumento na renda disponível das famílias, destaca a análise do Observatório FIESC.

O crescimento no período se deve, também, à produção nos setores mais relacionados ao consumo das famílias, que lideraram a expansão da atividade industrial este ano. Exemplo disso é a indústria de produtos de borracha e material plástico, que aumentou 13,8% na análise interanual, beneficiada pela demanda de embalagens para a produção de alimentos e de artigos descartáveis em material plástico para o consumidor final.

Outro destaque é a indústria de produtos químicos, com expansão de 12,1% em agosto, em comparação ao mesmo período de 2022. O setor também foi estimulado por esse consumo, refletido na produção de itens de perfumaria, cosméticos e de higiene pessoal.

O crescimento recente da indústria catarinense também foi incentivado pelas obras de infraestrutura no estado, como a construção de rodovias e estações de geração e distribuição de energia elétrica. Isso fomentou os setores de metalurgia e de produtos de metal, com destaque para as atividades de fundição e fabricação de estruturas metálicas, respectivamente.

Apesar desse resultado positivo, alguns setores continuam em queda na análise interanual, devido às bases de comparação mais elevadas ou pelo impacto dos juros sobre a demanda. Entre eles, recuo dos setores moveleiro, com 23,1%, e automotivo, de 8,0%.

A indústria têxtil, confecção, couro e calçados também segue com desempenho negativo na análise interanual. “O principal determinante é a persistência de pressões de custo no setor, que prejudica, em especial, a produção de artigos de vestuário e de artefatos têxteis para uso doméstico, como roupas de cama, mesa e banho”, afirma Vicente Heinen, economista do Observatório FIESC.

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