Dados divulgados pelo Sindicato do Comércio da Região de Chapecó (Sicom) indicam que pelo segundo mês consecutivo o Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) registrou queda, evidenciando o clima menos otimista no varejo diante do cenário econômico mais desafiador. O levantamento, realizado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), revela baixa de 2,1% em fevereiro, na comparação com janeiro e de 5,4% em relação a fevereiro do ano anterior, atingindo 103,7 pontos. Ainda assim, o indicador segue acima do nível de satisfação, ou seja, mais de 100 pontos.

O resultado revela que esse é o reflexo da queda de quase todos os componentes analisados, com peso maior para as condições atuais da economia, que caiu 6,5% na variação mensal e 18,7% no comparativo com o mês do ano passado, especifica o diretor executivo do Sicom, Almeri Dedonatto. Acrescenta que a posição de cautela também está no percentual de famílias com dívidas em atraso, que não teve alteração e permanece em 28,8%. O único subíndice em crescimento foi o de intenções de investimento em estoque, que subiu 0,1% nos dois cenários em retrospecto.

Quanto a contribuição para o saldo negativo da confiança do empresário, o levantamento da CNC traz a retração de todos os segmentos observados, principalmente pelos supermercados, farmácias e lojas de cosméticos, com variação negativa mensal de 3,3%. Roupas, calçados, tecidos e acessórios recuaram 1,7%, enquanto o segmento de eletroeletrônicos, eletrodomésticos, móveis e decorações, cine/foto/som, materiais de construção e veículos tiveram queda de 2,7%.

Sobre o Icec

O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) é um indicador mensal antecedente, apurado entre os tomadores de decisão das empresas de varejo para detectar as tendências das ações do setor do ponto de vista do empresário. A amostra é composta por aproximadamente seis mil empresas situadas em todas as capitais do País e os subíndices apresentam dispersões que variam de zero a 200 pontos. O Icec avalia as condições atuais, as expectativas de curto prazo e as intenções de investimento dos negócios do comércio.