Narciso Barone – Redação Seo On
Um levantamento recente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), com dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), revela que Santa Catarina deve ser um dos estados mais afetados pelas tarifas de importação impostas pelos Estados Unidos em 2024.
O prejuízo financeiro estimado para o estado é de R$ 1,7 bilhão, o que representa a quarta maior perda entre todas as unidades federativas brasileiras. Além disso, o impacto no Produto Interno Bruto (PIB) de Santa Catarina pode chegar a uma queda de 0,31%, a segunda maior retração prevista no país.
A indústria catarinense e sua dependência do mercado americano
Santa Catarina é um dos estados com maior presença industrial no Brasil e quase 100% do que o estado exporta para os EUA vem da indústria de transformação. Essa forte dependência torna o estado especialmente vulnerável às medidas tarifárias impostas pelo governo norte-americano.
O aumento das tarifas afeta diretamente as exportações catarinenses, reduzindo a competitividade dos produtos do estado no mercado externo e impactando empresas, empregos e toda a cadeia produtiva local.
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Consequências para empregos e economia local
Segundo a CNI, as medidas comerciais podem resultar na perda de mais de 110 mil postos de trabalho em todo o país. Santa Catarina, como um dos estados mais atingidos, deve enfrentar uma pressão significativa no mercado de trabalho, especialmente nos setores industriais que exportam para os EUA.
A retração econômica prevista para SC pode influenciar diversos setores relacionados à indústria, incluindo fornecedores, logística e serviços, gerando um efeito cascata que afeta toda a economia local.
O cenário no Sul do Brasil e a posição de Santa Catarina
Enquanto estados como São Paulo, Rio Grande do Sul e Paraná também enfrentam perdas expressivas com as tarifas, Santa Catarina destaca-se por ter uma das maiores quedas proporcionais no PIB, atrás apenas de um ou dois estados.
Essa situação reforça a necessidade de políticas públicas e iniciativas empresariais focadas em diversificar mercados e fortalecer a indústria local para minimizar os impactos negativos das medidas tarifárias externas.
Fonte: CNI