O IBGE revisou para baixo os dados do Produto Interno Bruto (PIB) do segundo trimestre de 2024, segundo atualização divulgada nesta quinta-feira. O crescimento no período foi ajustado de 0,4% para 0,3%, na comparação com os três meses anteriores.
A revisão integra o procedimento regular do Instituto, que refaz cálculos à medida que novas bases e registros econômicos ficam disponíveis, permitindo maior precisão na mensuração da atividade econômica.
Segundo trimestre tem ajuste negativo
Com a nova atualização, o desempenho da economia entre abril e junho mostrou menor tração do que a estimada inicialmente. O período foi marcado por desaceleração em setores que haviam apresentado força no início do ano.
Esse ajuste influencia avaliações sobre continuidade do ritmo de expansão econômica e serve de base para projeções de mercado e análises de política monetária.
IBGE revisa para cima o PIB do 1º trimestre
Ao contrário do segundo trimestre, o IBGE revisou para cima o dado do primeiro trimestre, que passou de 1,3% para 1,5%.
A revisão positiva indica que a economia começou o ano com desempenho mais robusto do que se imaginava.
Esse dado reforça a leitura de que os primeiros meses foram impulsionados por setores como serviços e agropecuária, que contribuíram para elevar o resultado geral.
PIB do 3º trimestre cresce 0,1% e fica abaixo das projeções
No terceiro trimestre, o PIB brasileiro cresceu 0,1%, número inferior à expectativa apontada pela pesquisa da Reuters, que projetava alta de 0,2%.
O resultado reflete um cenário de:
- juros ainda elevados, que reduzem o ritmo do consumo e do crédito,
- desaceleração global, que afeta exportações,
- moderação do setor de serviços após meses de forte atividade.
Apesar disso, o crescimento, ainda que tímido, mantém a economia em território positivo.
Impacto das revisões
As revisões do IBGE servem para:
- recalibrar projeções macroeconômicas,
- ajustar modelos estatísticos usados por bancos, governo e analistas,
- atualizar expectativas sobre inflação, juros e desempenho setorial.
Com o novo conjunto de dados, economistas devem revisar suas estimativas para o fechamento do ano, especialmente após a combinação de um 1º trimestre mais forte, 2º trimestre mais fraco e 3º trimestre aquém do esperado.
Fonte: IBGE






