O Brasil está entre os países com maior incidência de radiação solar, e a exposição acumulada aos raios ultravioleta (UV) é o principal fator de risco para o desenvolvimento da doença. Mesmo sem queimaduras aparentes, a radiação danifica o DNA das células da pele, favorecendo a formação de tumores ao longo dos anos.
Segundo especialistas, os carcinomas não melanoma representam cerca de um terço de todos os tumores malignos registrados no país. A combinação entre clima quente, sol intenso durante praticamente todo o ano e hábitos de exposição inadequados aumenta significativamente o risco na população.
Pessoas de pele clara, idosos, indivíduos com histórico familiar da doença e trabalhadores expostos ao sol fazem parte dos grupos mais vulneráveis.
Sinais que merecem atenção
Existem diferentes tipos de câncer de pele — carcinoma basocelular, espinocelular e melanoma, sendo o melanoma o mais agressivo. A regra do ABCDE ajuda a identificar pintas suspeitas:
- A – Assimetria
- B – Bordas irregulares
- C – Cores variadas
- D – Diâmetro acima de 6 mm
- E – Evolução ou mudança
Além disso, feridas que não cicatrizam, lesões que sangram, áreas avermelhadas persistentes e nódulos escuros são sinais de alerta. O diagnóstico precoce aumenta as chances de cura e permite tratamentos menos invasivos.
Como se proteger durante todo o ano
A prevenção é o foco central do Dezembro Laranja. Dermatologistas reforçam medidas essenciais:
- Usar protetor solar FPS 30 ou mais e reaplicar a cada 2 a 3 horas
- Evitar exposição entre 10h e 16h, período de maior intensidade UV
- Utilizar roupas com proteção UV, chapéu e óculos escuros
- Manter hidratação adequada
- Evitar bronzeamento artificial — proibido no Brasil devido aos riscos
Crianças merecem atenção especial, já que grande parte dos danos da radiação ocorre na infância e pode desencadear câncer décadas depois.
Um alerta que salva vidas
O Dezembro Laranja reforça a importância de observar a pele, adotar hábitos seguros e procurar ajuda médica ao notar qualquer alteração. A campanha lembra que o sol faz parte da rotina dos brasileiros, mas a exposição precisa ser consciente para evitar danos irreversíveis.






