sábado, 22 novembro, 2025

FIESC: retirada de tarifas pelos EUA não beneficia indústria catarinense

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A retirada das tarifas de 40% sobre produtos brasileiros pelos Estados Unidos não traz alívio imediato aos exportadores de Santa Catarina. A avaliação é da Federação das Indústrias do Estado (FIESC), que aponta a lista de 238 itens como focada em produtos primários, enquanto o estado exporta principalmente bens industrializados.

O presidente da FIESC, Gilberto Seleme, vê a medida com otimismo cauteloso. “Os canais de negociação estão sendo efetivos, mas a lista é composta basicamente por itens primários”, afirmou. Produtos como madeira e móveis, que representam 37,3% das exportações catarinenses, permanecem sobretaxados.

Impacto real nas exportações catarinenses

As vendas de Santa Catarina aos Estados Unidos já recuaram 9,3% este ano. Um estudo da FIESC estima perdas significativas: 19 mil empregos em um ano e até 45 mil vagas em três anos caso as tarifas sejam mantidas.

Os setores mais afetados incluem madeira, peças automotivas, equipamentos elétricos e móveis. Dados recentes mostram o fechamento de 1,7 mil postos no setor de madeira, 562 em móveis, 446 em máquinas e equipamentos e 313 na indústria metalúrgica apenas em agosto e setembro.

Produtos excluídos e expectativas futuras

Seleme observa que a lista liberada tem forte predominância de itens que afetam o custo de vida dos norte-americanos, como café e carne bovina. “É provável que novas reduções devam exigir concessões pelo lado brasileiro”, avalia.

Os produtos de madeira e móveis não foram contemplados na medida, pois fazem parte da chamada investigação 232. A FIESC segue atenta aos resultados do processo e espera que as negociações avancem também nestas áreas.

Programa desTarifaço apoia indústrias locais

Desde agosto, a FIESC mantém o programa desTarifaço para auxiliar as empresas afetadas. A iniciativa oferece suporte em várias frentes:

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  • Apoio na obtenção de crédito e benefícios governamentais
  • Consultoria para abertura de novos mercados
  • Orientação jurídica sobre recursos trabalhistas
  • Qualificação para funcionários inativos
  • Acolhimento para trabalhadores demitidos

A federação continua articulando com a CNI para reverter a situação das tarifas e apoiar a indústria catarinense durante este período desafiador.

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