A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) confirmou a bandeira vermelha patamar 1 para novembro. Com isso, os consumidores terão um acréscimo de R$ 4,50 a cada 100 kWh consumidos. A decisão mantém o custo extra nas faturas do mês.
A medida reflete a continuação do cenário desfavorável no setor elétrico. A geração hidrelétrica ainda sofre com a falta de chuvas e os baixos níveis dos reservatórios.
Por que a bandeira vermelha continua?
A Aneel justifica a manutenção da bandeira vermelha patamar 1 devido às condições climáticas. O volume de chuvas permanece abaixo da média histórica. Consequentemente, os reservatórios das hidrelétricas não se recuperaram.
Para garantir o abastecimento, o operador nacional aciona usinas termelétricas. Essas usinas, no entanto, possuem um custo de geração significativamente mais alto. Esse custo adicional é repassado ao consumidor através das bandeiras tarifárias.
Além disso, a agência destacou um ponto importante sobre a energia solar. A geração solar é intermitente e não supre o sistema continuamente. Portanto, as termelétricas são necessárias para estabilizar o fornecimento, especialmente durante a noite e no horário de pico.
Entenda a trajetória recente das bandeiras
Os consumidores sentiram um alívio em outubro. Após dois meses seguidos com a bandeira vermelha patamar 2, a mais cara, a Aneel rebaixou o custo. Em agosto e setembro, o adicional foi de R$ 7,87 para cada 100 kWh.
Agora, em novembro, a bandeira vermelha patamar 1 se mantém. O valor de R$ 4,50 por 100 kWh segue vigente.
O que são as bandeiras tarifárias?
Criado em 2015, o sistema de bandeiras sinaliza o custo real da energia. Ele funciona como um semáforo para o seu bolso:
- Bandeira Verde: Condições favoráveis de geração. Não há acréscimo na fatura.
- Bandeira Amarela: Condições menos favoráveis. Gera um custo extra moderado.
- Bandeira Vermelha: Condições custosas. Aciona os adicionais mais altos, nos patamares 1 e 2.
Em resumo, as bandeiras mostram de forma transparente o custo da energia para o sistema. Elas indicam quando é preciso usar fontes mais caras, como as termelétricas, para manter o país iluminado.







