O Brasil deu mais um passo importante para democratizar a saúde pública. Graças a uma parceria entre o Ministério das Comunicações e o Ministério da Saúde, 811 Unidades Básicas de Saúde (UBS) localizadas em áreas rurais, indígenas, ribeirinhas e periféricas já contam com acesso à internet banda larga. Esse avanço integra a meta de conectar 1.191 UBS, levando benefícios diretos para comunidades historicamente pouco assistidas pela tecnologia.
Parceria estratégica entre ministérios: como funciona
A iniciativa nasceu de um acordo firmado em novembro de 2024 e prorrogado por mais um ano, por meio de um Termo de Execução Descentralizada (TED). O objetivo é garantir que a digitalização chegue principalmente onde o acesso à internet era limitado ou inexistente, consolidando o Programa SUS Digital e promovendo a inclusão digital de usuários e profissionais.
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Segundo o ministro das Comunicações, Frederico de Siqueira Filho, “quando uma UBS recebe internet, significa que centenas de pacientes passam a ter mais acesso à saúde, à telemedicina e a diversos serviços básicos com mais agilidade. O acordo firmado é parte de um projeto maior do governo federal para promover inclusão e democratização da saúde em todas as regiões do país”.
Norte e Nordeste: regiões prioritárias para conexão
O foco do programa está nas regiões Norte e Nordeste, que apresentam maiores dificuldades de acesso digital. Em 2025, mais da metade das UBS já conectadas estão nessas áreas, mostrando o esforço para corrigir desigualdades históricas e garantir atenção básica de qualidade para todos.
Benefícios imediatos: telemedicina, prontuário eletrônico e mais agilidade
Com a chegada da internet, abrem-se novas possibilidades para profissionais e pacientes:
- Maior integração de dados e sistemas,
- Atendimento remoto e telemedicina,
- Uso de prontuários eletrônicos,
- Diagnósticos mais rápidos e ampliação de tratamentos,
- Redução de filas e deslocamentos desnecessários.
Na prática, isso significa maior eficiência, respostas mais rápidas e acesso a especialistas mesmo em locais distantes.
Dados recentes mostram avanço da saúde digital no país
O Censo das Unidades Básicas de Saúde, divulgado pelo Ministério da Saúde no segundo semestre de 2025, revela que 94,6% das UBS do Brasil já possuem acesso à internet e 87% utilizam prontuário eletrônico. Esses números refletem o compromisso do governo federal em ampliar a atenção primária e digitalizar o atendimento, beneficiando milhões de brasileiros.
Diagnóstico detalhado orienta as próximas ações
Coordenado pelo Ministério da Saúde, o Censo das UBS conta com apoio de instituições como Conasems, Conass, Abrasco, CNS, Opas, Ipea e representantes acadêmicos. O levantamento detalha a infraestrutura e funcionamento das unidades, permitindo políticas públicas mais eficientes e direcionadas à realidade de cada região.
Conclusão: saúde digital como ferramenta de inclusão e cidadania
A ampliação da conectividade nas UBS representa não só um avanço tecnológico, mas também social. Democratizar o acesso à saúde digital aproxima comunidades distantes dos serviços públicos, fortalece o SUS e garante o direito à saúde com mais qualidade e dignidade.







