A pavimentação asfáltica dos traçados principal e alternativos do Autódromo Internacional de Chapecó segue padrões diferenciados em razão do uso destinado a corridas de alta velocidade. No total, a obra contempla 4.463 metros lineares de pista, sendo 4.004 metros do traçado principal e 459 metros das intersecções para os três traçados alternativos e variante para motos. A largura varia entre 12 e 15 metros.
Segundo o presidente do Automóvel Clube Chapecó, Valdir Moratelli, esse tipo de pavimentação foge ao padrão de rodovias convencionais. Por isso, adota-se um processo mais rigoroso para evitar correções futuras. “Trata-se de uma obra que receberá desde motocicletas até caminhões, com exigência máxima de aderência e durabilidade. A conclusão está prevista para o segundo trimestre de 2026”, explicou.
Padrão internacional de pavimentação
Na primeira camada, foi aplicado concreto asfáltico usinado a quente, com espessura de quatro centímetros e material do mesmo padrão utilizado em rodovias. Essa camada é intermediária entre a base — composta por macadame seco e brita graduada — e a pista de rolamento, garantindo aderência e distribuição uniforme dos esforços do tráfego.

A segunda camada terá padrão especial do tipo SMA (Stone Matrix Asphalt), também com quatro centímetros de espessura. Esse pavimento é reconhecido por sua alta resistência e desempenho em competições, suportando o peso e a tração dos carros de corrida sem deformações.
Equipamento de tecnologia alemã
Para o asfaltamento, a Construtora Oliveira, responsável pela obra desde setembro de 2023, investiu em uma pavimentadora de última geração da marca Dynapac, fabricada na Alemanha. O equipamento é considerado um dos mais modernos do mundo, com sistema sônico de pré-compactação e nivelamento de camada, garantindo espessura uniforme e acabamento preciso. A largura de mesa da máquina — responsável por espalhar e pré-compactar o asfalto — varia entre 6 e 10 metros.
O diretor da empresa, engenheiro Alcyone de Oliveira, destaca que o princípio de pavimentação é semelhante ao de rodovias, mas com controles muito mais rigorosos.
“É fundamental a integração entre todas as etapas — projeto, fabricação e execução — com ensaios laboratoriais e mão de obra altamente qualificada. O autódromo exige padrões técnicos e de segurança muito superiores”, afirmou.








