O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta terça-feira (23) que teve um breve encontro com o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva nos bastidores da Assembleia Geral da ONU, em Nova York. Segundo o republicano, os dois se abraçaram e demonstraram disposição para uma reunião oficial na próxima semana.
Encontro rápido, mas simbólico
Trump descreveu a interação como rápida, de “20 segundos”, mas suficiente para sinalizar aproximação. “Eu o vi, ele me viu e nós nos abraçamos. Ele parecia um homem muito agradável. Ele gostou de mim, eu gostei dele”, declarou o presidente norte-americano, destacando o que chamou de “excelente química” com Lula.
Contexto diplomático
O gesto acontece em meio a tensões diplomáticas entre Brasil e Estados Unidos. Recentemente, Washington aplicou tarifas de 50% sobre produtos brasileiros e sancionou autoridades ligadas ao processo que condenou o ex-presidente Jair Bolsonaro por tentativa de golpe.
Em seu discurso na ONU, Lula criticou medidas que classificou como “unilaterais e arbitrárias”, afirmando que afetam a soberania nacional e a independência do Judiciário. Trump, por sua vez, reforçou que “o Brasil só prospera quando trabalha com os Estados Unidos”.
Repercussões imediatas
A mera possibilidade de um encontro formal entre os dois líderes repercutiu no mercado financeiro. O real se valorizou frente ao dólar e o índice Bovespa atingiu nova máxima histórica após as declarações de Trump.
No entanto, a posição oficial do governo brasileiro ainda é de cautela. O assessor especial da Presidência, Celso Amorim, disse que não há reunião confirmada, mas admitiu que o cenário pode mudar.
Próximos passos
Caso confirmada, a reunião entre Trump e Lula poderá marcar um ponto de virada nas relações bilaterais, até agora marcadas por desconfiança e atritos comerciais. Este seria o primeiro encontro formal entre os dois desde o início do novo mandato de Trump.