Por: Mayara Leite – Redatora Seo On
Política – Fontes ligadas ao Ministério da Defesa do Brasil avaliaram como uma “bravata” as declarações da secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, de que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, estaria disposto a usar recursos militares e econômicos para “proteger a liberdade de expressão”.
Segundo essas fontes, as afirmações não são críveis nem factíveis, fazendo parte de um contexto de tensionamento político e econômico entre os dois países, sem possibilidade de se transformar em conflito militar. A declaração foi interpretada como um ruído político, divulgado por uma porta-voz em vez de vir diretamente do presidente ou de autoridades do Pentágono, no meio do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal (STF).
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Contexto histórico e alianças militares
Parte da avaliação brasileira considera a histórica parceria entre as Forças Armadas dos dois países. Há anos, o Brasil e os Estados Unidos realizam exercícios militares conjuntos, planejados para treinar interoperabilidade e troca de experiências. Um desses exercícios programados para 2025 foi cancelado, oficialmente pela falta de recursos do Brasil, mas dentro de um cenário de tensão entre o Palácio do Planalto e a Casa Branca, segundo relatos da Defesa.
As fontes enfatizam que, apesar do cenário de crise política, a cooperação militar entre Brasil e Estados Unidos mantém canais abertos e protocolos que tornam improvável qualquer escalada real de conflito.
A análise reforça a percepção de que declarações como a de Karoline Leavitt têm caráter político e simbólico, buscando influenciar a narrativa internacional sobre o julgamento de Bolsonaro, sem intenção concreta de ações militares.
Fonte: Portal CNN