A Procuradoria-Geral da República (PGR) enviou na segunda-feira (25) ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), parecer favorável ao reforço de policiamento nas proximidades da casa do ex-presidente Jair Bolsonaro, em Brasília.
Pedido de reforço policial
O documento foi encaminhado após Moraes receber uma cópia do pedido inicial feito pelo deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ) ao diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Rodrigues. Segundo o parlamentar, a medida é necessária para garantir a “aplicação da lei penal”.
De acordo com a PGR, a PF poderá aumentar a vigilância nos arredores da residência do ex-presidente.
“Parece ao Ministério Público Federal de bom alvitre que se recomende formalmente à polícia que destaque equipes de prontidão em tempo integral para que se efetue o monitoramento em tempo real das medidas de cautela adotadas, adotando-se o cuidado de que não sejam intrusivas da esfera domiciliar do réu, nem que sejam perturbadores das suas relações de vizinhança”, destacou a PGR.
Julgamento marcado para setembro
Na próxima terça-feira, 2 de setembro, Bolsonaro e mais sete aliados, réus no núcleo 1 da trama golpista, serão julgados pela Primeira Turma do STF.
O ex-presidente está em prisão domiciliar desde o início do mês, monitorado por tornozeleira eletrônica. A medida foi determinada por Moraes, que entendeu que Bolsonaro violou restrições cautelares ao publicar conteúdos em redes sociais de terceiros.
Documento de asilo político
Na semana passada, a Polícia Federal revelou, em outra investigação, que Bolsonaro tinha em seu celular um documento de asilo político destinado ao presidente da Argentina, Javier Milei. Segundo a PF, o arquivo estava armazenado desde 2024.
A defesa do ex-presidente alegou que o documento era apenas um “rascunho” e negou qualquer tentativa de fuga do país.