A conta de luz mais cara fez a prévia da inflação subir em julho. O IPCA-15 avançou 0,33%, acima dos 0,26% registrados em junho, segundo o IBGE. A alta foi puxada principalmente pela bandeira tarifária vermelha e reajustes em cinco capitais.
Energia elétrica liderou alta em julho
O grupo habitação subiu 0,98%, pressionado pela energia elétrica residencial, que aumentou 3,01%. A bandeira vermelha patamar 1, que adiciona R$ 4,46 a cada 100 kWh consumidos, foi mantida pelo segundo mês. Reajustes em Belo Horizonte, Porto Alegre, Curitiba, São Paulo e Rio de Janeiro também impactaram o índice.
Alimentos caem pelo segundo mês
Por outro lado, os alimentos ajudaram a segurar a inflação, com queda de 0,06%. As maiores baixas foram da batata-inglesa (-10,48%), cebola (-9,08%) e arroz (-2,69%). Ainda assim, o grupo acumula alta de 7,36% em 12 meses, sendo o maior impacto no IPCA-15.
Transportes têm alta puxada por passagens aéreas
No grupo transportes, houve alta de 0,67%, influenciada pelo aumento de 19,86% nas passagens aéreas e de 14,55% nos aplicativos de transporte. Em contrapartida, os combustíveis recuaram 0,57%, com queda nos preços do gás veicular (-1,21%), diesel (-1,09%), etanol (-0,83%) e gasolina (-0,50%).
Inflação acumula 5,3% em 12 meses
Com o resultado de julho, o IPCA-15 acumula alta de 5,3% nos últimos 12 meses, acima da meta do governo, que é de 3% com tolerância de até 4,5%. Em julho de 2024, o índice havia ficado em 0,30%.
O que é o IPCA-15
O IPCA-15 é considerado a prévia da inflação oficial e usa a mesma metodologia do IPCA, mas com coleta de preços do dia 14 do mês anterior ao dia 15 do mês de referência. O indicador avalia o custo de vida de famílias com renda entre um e 40 salários mínimos nas principais regiões metropolitanas do país.
O IPCA completo de julho será divulgado em 12 de agosto.