quarta-feira, 23 julho, 2025

Tarifaço dos EUA pode reduzir preço de alimentos, mas preocupa produtores

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O tarifaço de 50% anunciado pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros pode provocar uma redução momentânea nos preços dos alimentos no mercado interno. Apesar do possível alívio para o consumidor, a medida preocupa o setor produtivo nacional, segundo avaliou o ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias.

Impacto no mercado interno

Em entrevista ao programa Bom Dia, Ministro, da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), nesta terça-feira (22), Dias explicou que a menor exportação de alimentos como laranja, café, carnes e frutas pode gerar maior oferta no mercado interno, reduzindo a inflação dos alimentos.

“As tarifas podem, sim, ter alguma influência momentânea [baixando a inflação dos alimentos], mas o que queremos é a redução dos preços por competitividade. Ou seja, pela capacidade de mais produção numa mesma área; por um financiamento com juros mais baixos. Esse é o ganho que queremos alcançar”, afirmou.

Risco de desestímulo à produção

O ministro alertou que, embora o consumidor possa se beneficiar de preços mais baixos, o impacto para os produtores pode ser negativo, desestimulando investimentos e a produção agrícola no país.

“Assim como queremos proteger o consumidor, temos de proteger o produtor. Caso contrário, desestimularíamos a produção. Precisamos ter equilíbrio”, disse.

EUA anunciam tarifaço a partir de agosto

O aumento tarifário foi anunciado pelo presidente norte-americano, Donald Trump, e entra em vigor a partir de 1º de agosto. Segundo ele, a medida se deve a supostas desvantagens comerciais e também à condução das investigações contra o ex-presidente Jair Bolsonaro pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Durante a entrevista, Wellington Dias destacou a boa relação histórica entre Brasil e Estados Unidos, ressaltando que o Brasil importa mais produtos americanos do que exporta para o país, contestando os argumentos de Trump.

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Investigações e medidas diplomáticas

O ministro defendeu a abertura de investigações internacionais sobre o caso, apontando que investidores foram avisados antecipadamente do tarifaço e obtiveram lucros bilionários com a compra de dólares antes do anúncio.

“O que o presidente Trump está fazendo não tem nada a ver com medida econômica ou comercial. São ataques especulativos fora do contexto. Por isso acho que tem que ter uma investigação internacional, e os países atacados devem se proteger nessa direção, claro, mantendo a diplomacia e o diálogo”, concluiu.

Estratégia para produtores brasileiros

De acordo com Dias, o governo, por meio da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex) e outros ministérios, busca alternativas de mercado para produtos como mel, frutas e carnes, reduzindo os impactos do tarifaço para os produtores brasileiros.

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