O que você está procurando?

LEIA TAMBÉM  Termina hoje prazo para enviar sugestões nas redes sociais
Personalizar preferências de consentimento

Utilizamos cookies para ajudar você a navegar com eficiência e executar certas funções. Você encontrará informações detalhadas sobre todos os cookies sob cada categoria de consentimento abaixo.

Os cookies que são classificados com a marcação “Necessário” são armazenados em seu navegador, pois são essenciais para possibilitar o uso de funcionalidades básicas do site.... 

Sempre ativo

Os cookies necessários são cruciais para as funções básicas do site e o site não funcionará como pretendido sem eles. Esses cookies não armazenam nenhum dado pessoalmente identificável.

Bem, cookies para exibir.

Sempre ativo

Cookies funcionais ajudam a executar certas funcionalidades, como compartilhar o conteúdo do site em plataformas de mídia social, coletar feedbacks e outros recursos de terceiros.

Bem, cookies para exibir.

Sempre ativo

Cookies analíticos são usados para entender como os visitantes interagem com o site. Esses cookies ajudam a fornecer informações sobre métricas o número de visitantes, taxa de rejeição, fonte de tráfego, etc.

Bem, cookies para exibir.

Sempre ativo

Os cookies de desempenho são usados para entender e analisar os principais índices de desempenho do site, o que ajuda a oferecer uma melhor experiência do usuário para os visitantes.

Bem, cookies para exibir.

Sempre ativo

Os cookies de anúncios são usados para entregar aos visitantes anúncios personalizados com base nas páginas que visitaram antes e analisar a eficácia da campanha publicitária.

Bem, cookies para exibir.

quinta-feira, 20 fevereiro, 2025

Homem é condenado a mais de 20 anos de prisão por tentativa de homicídio contra cunhada

Compartilhe essa notícia:

Ele também foi sentenciado por lesões corporais contra a esposa e a filha de cinco anos. O crime foi registrado no bairro Universitário em junho de 2024.

Um réu que tentou matar a cunhada grávida a facadas e machucou a esposa e a filha em junho de 2024, em Chapecó, foi condenado a 20 anos, dois meses e 20 dias de reclusão, em regime inicial fechado, e a quatro meses e 18 dias de detenção. Em uma sessão na última sexta-feira (24/1), o Tribunal do Júri da comarca acolheu a tese apresentada pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), representado pelo Promotor de Justiça Joaquim Torquato Luiz, e condenou o réu por homicídio tentado qualificado (uso de recurso que dificultou a defesa da vítima e feminicídio) e por duas lesões corporais. Ele também foi sentenciado a pagar R$25 mil em danos morais à cunhada e R$5 mil à companheira e à filha.   

A companheira do réu e vítima do ataque foi ouvida na sessão. Em seu depoimento, ela apresentou argumentos para que o réu fosse absolvido pelos jurados. Entretanto, o Promotor de Justiça destacou em sua fala que, apesar do perdão manifestado pela vítima e do esforço dela em tentar convencer que ele era uma boa pessoa, os jurados perceberam que ela ainda estava presa no ciclo do relacionamento abusivo – que muitas vezes mantém a vítima presa à relação, mesmo diante de sofrimento – e condenaram o réu com base nas provas apresentadas.   

“Neste Júri ocorreu algo infelizmente não tão incomum. Uma das vítimas (esposa do acusado) ainda percebe ou aceita que é vítima violência doméstica. Parte do crime foi gravado por câmeras de segurança de duas residências vizinhas. Mesmo diante de tanta violência e de provas muito claras, a esposa do acusado tentou inocentá-lo. Prestou um depoimento desconectado da realidade, a ponto de negar as imagens das câmeras de segurança. Esta postura foi muito impactante, mas os jurados perceberam as mentiras. Mais do que isso, entenderam que ela ainda está sob a influência do acusado, presa a um relacionamento abusivo e que precisa de ajuda”, ressaltou.  

LEIA TAMBÉM  Caixa libera abono do PIS/Pasep para nascidos em janeiro

O Promotor de Justiça ainda enfatiza que essa compreensão pelos jurados é muito importante. “Demonstra que estão preparados para analisar as peculiaridades da violência doméstica contra mulheres e para julgarem crimes cometidos neste contexto”.  

Entenda o caso  

De acordo com a denúncia, em uma tarde de junho de 2024, o réu, um homem de 34 anos, estava em casa com sua filha, que tinha cinco anos, sua companheira e sua cunhada, que estava grávida de cinco meses. Ele havia bebido bastante conhaque e estava visivelmente alterado. A companheira, preocupada com a situação, pediu várias vezes que ele parasse de beber. 

No entanto, ele ficou agressivo e, sem motivo aparente, pegou uma faca e um facão. Primeiro, ele pressionou a lâmina da faca no queixo da filha, causando uma pequena escoriação. Ela gritou e chamou pela tia. Em seguida, ele atacou a cunhada com golpes de faca e facão, tentando matá-la. A companheira tentou intervir, mas também foi atacada.   

A situação só não piorou porque o cunhado do réu chegou ao local e abriu a porta da casa, momento em que o que o réu foi em direção a ele desferindo diversos golpes, mas o homem conseguiu se proteger do lado de fora da casa. A companheira e a cunhada, mesmo feridas, conseguiram fugir pela janela e buscaram ajuda na rua. O réu, ainda armado, também saiu pela janela atrás delas, mas foi impedido por um motorista que passava pelo local de carro e acelerou em direção a ele, permitindo que as vítimas tivessem tempo de se abrigar em uma casa vizinha. O crime foi registrado por câmeras de segurança instaladas em casas próximas ao local. 

A Polícia Militar foi chamada e, após buscas, encontrou o réu na mesma noite em uma rua do bairro Alvorada. Ele foi detido e levado à delegacia, enquanto as vítimas foram socorridas pelo SAMU e levadas ao hospital devido à gravidade dos ferimentos.  

LEIA TAMBÉM  GAECO promove Mega Operação contra organizações criminosas

Cabe recurso da sentença, mas a Justiça negou ao réu o direito de recorrer em liberdade e ele segue preso preventivamente para a garantia da ordem pública. 

O ciclo do relacionamento abusivo 

O ciclo do relacionamento abusivo é uma dinâmica recorrente que muitas vezes mantém a vítima presa à relação, mesmo diante de sofrimento. Esse ciclo geralmente tem três fases principais. A primeira é a tensão, marcada por desentendimentos, críticas e comportamento controlador por parte do abusador, que cria um clima de medo e ansiedade. Em seguida, ocorre a explosão, quando os conflitos atingem seu auge, resultando em agressões verbais, emocionais ou físicas. Após essa fase, vem o arrependimento ou “lua de mel”, em que o agressor se mostra arrependido, promete mudar, demonstra afeto e oferece presentes ou gestos de carinho, o que faz a vítima acreditar em uma possível transformação.  

Esse ciclo tende a se repetir e, com o tempo, a fase de “lua de mel” vai diminuindo ou desaparecendo, enquanto a tensão e as explosões tornam-se mais frequentes. A vítima, muitas vezes, sente-se emocionalmente presa, seja por medo, culpa ou esperança de mudança, o que dificulta o rompimento da relação. Reconhecer esses padrões é essencial para buscar ajuda, seja por meio de amigos, familiares ou profissionais especializados, além de acessar redes de apoio e serviços que ofereçam proteção e acolhimento.  

“Mulheres vítimas de violência doméstica precisam de ajuda das pessoas próximas, família e amigos. Ao lado do auxílio às vítimas, a sociedade precisa manter uma postura firme contra a violência doméstica, exatamente como ocorreu neste julgamento. Apesar das mentiras plantadas em plenário, o acusado foi condenado por todos os crimes, incluindo os crimes cometidos contra a esposa”, finalizou o Promotor de Justiça. 

LEIA TAMBÉM  Termina hoje prazo para enviar sugestões nas redes sociais

Denuncie 

Se você está sofrendo violência doméstica ou conhece alguém que esteja, denuncie em um destes órgãos: 

Polícia Militar de Santa Catarina: ligue para o 190 (em caso de emergência); 

Polícia Civil de Santa Catarina: ligue para o 181 (aceita denúncia anônima) ou entre em contato com (48) 98844-0011 (WhatsApp/Telegram); você também pode acessar a Delegacia de Polícia Virtual da Mulher ou ir à delegacia mais próxima; 

Ministério Público de Santa Catarina: entre em contato com a Ouvidoria do MPSC ou vá à Promotoria de Justiça mais próxima; 

Central de Atendimento à Mulher: ligue para 180 (denúncias e informações sobre violência doméstica; funciona 24 horas, todos os dias e em todo o país, sem cobranças para ligações). 

Termômetro da Violência Doméstica 

Instrumentalizar a identificação de sinais de alerta e de comportamentos abusivos é uma das formas de auxiliar mulheres no enfrentamento à violência doméstica e familiar. Esse é o objetivo do Termômetro da Violência Doméstica, desenvolvido pelo Núcleo de Enfrentamento à Violência Doméstica e Familiar do MPSC.  

O Termômetro, disponível no site do MP catarinense, funciona como um quiz com 22 opções que a usuária deve preencher caso identifique essas situações em seu relacionamento. O preenchimento é feito de forma completamente anônima.  

Faça o teste aqui: https://mpsc.mp.br/termometro/

Siga nas Redes Sociais

5,000FãsCurtir
11,450SeguidoresSeguir
260SeguidoresSeguir
760InscritosInscrever

Últimas Notícias

Notícias Relacionadas

Unochapecó recebe professor da Universidade de Wroclaw, da Polônia

Nesta quinta-feira (13), a reitoria da Unochapecó recepcionou o pró-reitor de Pesquisa Científica da...

Homem é preso por porte ilegal de munição 

No fim da manhã do domingo,16, a Polícia Militar deteve um homem de 26...

Chapecoense e Figueirense se enfrentam hoje na Capital

O Verdão do Oeste entram em campo logo mais às 20h30, pela 9ª rodada...

STF mantém descriminalização do porte de maconha para uso pessoal

A maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu na sexta-feira (14) manter...
error: Este conteúdo é protegido !!