domingo, 24 novembro, 2024

Projeto resgata plantas medicinais nativas da Mata Atlântica

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Associação de pequenos Agricultores do Oeste Catarinense é uma das envolvidas neste programa

Em resposta à emergência climática e à ameaça à conservação dos ecossistemas, a Humana Brasil está desenvolvendo o Projeto Fitoterápicos, visando fortalecer a produção sustentável de plantas medicinais e nativas do bioma Mata Atlântica.

A iniciativa, inspirada por uma missão crucial, une forças com quatro organizações selecionadas estrategicamente para promover a produção responsável e preservar a biodiversidade: APACO (Associação dos Pequenos Agricultores do Oeste Catarinense), de Chapecó-SC, Cooplantas (Cooperativa de Produção de Plantas Medicinais), que fica em Itaberá-SP, Aopa (Associação para o Desenvolvimento da Agroecologia), atuante em Curitiba-PR, e a Associação Comunitária dos Agricultores Familiares Quilombolas de Cangula, localizada em Alagoinhas-BA.

Essas organizações atuam na produção sustentável, no beneficiamento e na comercialização de produtos provenientes de plantas medicinais, valorizando o conhecimento transmitido por gerações e resgatando a cultura de povos tradicionais e originários na produção de chás, cosméticos e outros produtos fitoterápicos.

Para Jéssica Nobre, Coordenadora do Projeto, a iniciativa é importante para o fortalecimento de plantas medicinais no Brasil. “As ações do projeto, como a prestação de assistência técnica, implantação de quintais produtivos, sistemas agroflorestais, cursos de boas práticas sustentáveis, plantio de ervas medicinais e árvores nativas, visam o enriquecimento das áreas de florestas, equilibrando o ecossistema e conservando a biodiversidade”, explica Jéssica.

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A APACO, uma das organizações parceiras de Chapecó-SC, atua desde 1989 com o objetivo de estimular e assessorar o desenvolvimento da agricultura, através da criação e consolidação de redes de pessoas. Atualmente, promove o desenvolvimento da agricultura orgânica, com atividades de Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER) voltadas aos agricultores familiares e indígenas, atuando com 250 famílias, em 16 municípios.

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No final de 2022, a organização iniciou um trabalho de construção de uma rede de mulheres agricultoras e indígenas qualificadas em plantas medicinais e seus derivados, como Cleusa Rodrigues, nutricionista e especialista em plantas medicinais, da aldeia Toldo Chimbague, atendida diretamente pela APACO e pelo Projeto Fitoterápicos.

“Estamos realizando um sonho. O projeto veio somar e com certeza vai nos fortalecer e trazer mais facilidades no nosso trabalho com plantas medicinais. Adquirimos o destilador de óleos, recebemos mudas e insumos que vão ampliar a  produção e a medicina indígena. As plantas precisam ser cultivadas, resgatadas e cuidadas, porque isso aqui é o nosso futuro, a cura do amanhã”, afirma Cleusa.

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