quinta-feira, 21 novembro, 2024

Quem faz a Efapi: profissionais que deixam sua marca visível em pequenos detalhes

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Divulgação/PMC

“Por trás das cocheiras ninguém sabe o que acontece”, frase popular do vocabulário brasileiro, define a situação de centenas de trabalhadores, que não possuem o reconhecimento e glamour de certas profissões. Para que a realização da Exposição Feira Agropecuária Industrial e Comercial de Chapecó – Efapi sair do papel e ser desenvolvida, muito teve de ser feito, mas quem realmente faz a maior Efapi de todos os tempos acontecer?

Nos dias de semana as portas do evento abrem às 15h, mas a Larissa Moro, porteira do evento, chega às oito da manhã para recepcionar os visitantes e expositores. Larissa conta que trabalha das oito às oito, mas que às vezes, dependendo da função que foi designada, passa algumas horas a mais na exposição. Para dar conta de marcar presença nos dez dias de feira, dezenas de pequenos comerciantes que são instalados em trailers e barraquinhas, cochilam em colchões espalhados pela mini cidade de negócios.

Após seis anos sem Efapi, para a volta da feira, mais um pavilhão foi construído no Parque Dr. Valmor Ernesto Lunardi. A Nalva Ribeiro, faxineira contratada pela empresa blumenauense Blue Services, é uma das responsáveis pela limpeza dos longos corredores de um desses pavilhões. Além de Nalva, outras quatro pessoas cuidam da limpeza do local.

Para o encanador e carpinteiro contratado pela Prefeitura de Chapecó, Mauro Alves, a manutenção do parque é semelhante a cuidar de uma casa. “É necessário fazer a limpeza, aparar a grama, cuidar do encanamento, conserto de banheiros e muito mais”, argumenta. Mauro Alves conta que trabalha das 7 às 23h na exposição.

Luiz Alves, que trabalha na manutenção e cuidados dos banheiros móveis espalhados pela feira, relata que em muitos eventos já chegou a trabalhar até 17 horas, e que a parte mais delicada de seu trabalho, é o público. “Às vezes é complicado, as pessoas chegam aqui no banheiro e acham que somos funcionários deles, jogam as coisas no chão, são mal educados com a gente. Existem pessoas que te olham dos pés à cabeça, e a gente nota os olhares. Às vezes o evento é bom e você não vê a hora de terminar, porque é muita incomodação, quem olha de fora pensa ‘que banheiro bonitinho e organizado’, mas não sabem o que a gente passa para mantê-los nos eixos”, enfatiza.

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A feira, que está apenas em seu quinto dia de exposição, segue até o dia 15 de outubro, e continuará contando com a dedicação destes e outros profissionais.

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