sexta-feira, 24 outubro, 2025

Saúde ocular infantil é tema de cartilha com dicas para famílias e escolas

Compartilhe essa notícia:

O Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) e a Sociedade Brasileira de Oftalmologia Pediátrica (SBOP) publicam nesta segunda-feira (4) a cartilha Saúde Ocular na Infância. O material inclui temas como cuidados com a conjuntivite e o terçol, uso correto de óculos e maquiagem infantil.

“Com o retorno às aulas, o material oferece a familiares e educadores orientações práticas e seguras para cuidar da visão das crianças e adolescentes”, destacou o CBO em nota.

A cartilha conta com seis seções que abordam desde o desenvolvimento visual do bebê e da criança até orientações sobre exames oftalmológicos.

Conjuntivite e terçol

A seção Quadros Oculares Comuns apresenta condições frequentes que podem afetar os olhos das crianças. A conjuntivite viral, de acordo com a publicação, causa vermelhidão, coceira e secreção nos olhos. Para aliviar os sintomas, recomenda-se o uso de compressas frias e boa higiene, evitando o compartilhamento de objetos pessoais.

Já para o terçol, uma espécie de elevação ou bolinha dolorosa encontrada na pálpebra, a recomendação é aplicar compressas mornas e massagear a região suavemente.

Outro problema comum citado na publicação é a obstrução do canal lacrimal, que se manifesta pelo lacrimejamento constante, sobretudo em bebês. Massagens suaves no canto dos olhos, de acordo com o CBO, ajudam a desobstruir o canal. Se o problema persistir após o primeiro ano de vida ou apresentar complicações, a orientação é procurar ajuda médica.

Telas

Outro destaque da cartilha trata do impacto do uso excessivo de telas na saúde ocular de crianças. Para evitar o cansaço da vista e problemas a longo prazo, a recomendação é evitar exposição a telas antes dos 2 anos e limitar o uso em até três horas diárias na adolescência.

“A regra 20-20-20, a cada 20 minutos de tela, olhar para algo a seis metros de distância por 20 segundos, é uma prática recomendada para aliviar o esforço visual. Além disso, atividades ao ar livre, com exposição solar indireta, ajudam no desenvolvimento saudável da visão”, detalhou o CBO.

LEIA TAMBÉM  Ministro da Saúde defende debate político e religioso para reduzir gravidez na adolescência

>>Tempo excessivo e pouca distância de telas contribuem para miopia

Acidentes domésticos

A cartilha orienta ainda para o uso de óculos de proteção durante atividades manuais, além de cuidados ao manusear objetos cortantes e atenção ao armazenamento de produtos químicos fora do alcance das crianças.

Para crianças que utilizam óculos ou lentes de contato, o acompanhamento médico periódico é citado pela cartilha como essencial para ajustar a graduação e garantir o uso correto e seguro.

Números

Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) indicam que cerca de 80% dos casos de cegueira infantil poderiam ser prevenidos ou tratados por meio do diagnóstico precoce.

De acordo com o CBO, problemas de refração como miopia, hipermetropia e astigmatismo são comuns na infância e podem atingir de 1,44% a 18,63% das crianças, dependendo da região e do tipo de alteração visual.

“Quando não tratados, esses casos podem evoluir para quadros mais graves, como baixa visão ou até mesmo cegueira”, alertou o conselho.

Cuidados

O CBO alerta que muitos desses problemas não apresentam sintomas claros no início. Pais e professores, segundo a entidade, devem ficar atentos a sinais como dificuldade para enxergar a lousa, aproximação excessiva de livros e telas e dores de cabeça frequentes.

>>Dicas de Saúde: Aumento nos casos de miopia em crianças e adolescentes

Marcos visuais

A entidade destaca ainda marcos visuais que ajudam a identificar possíveis problemas:

  • – desde o primeiro mês de vida, por exemplo, o bebê já deve ser capaz de fixar o olhar por alguns segundos;
  • – aos 3 meses, o bebê deve acompanhar objetos com o olhar;
  • – aos 9 meses, o bebê deve reconhecer rostos familiares e reagir a expressões faciais.

“Se a criança não atingir esses marcos ou apresentar sinais como desalinhamento constante dos olhos e reflexo esbranquiçado na pupila, é essencial buscar um oftalmologista.”

LEIA TAMBÉM  Chapecó adia Dia D de Multivacinação para 25 de outubro

“Mesmo sem sintomas ou sinais de anormalidade, o exame oftalmológico completo é indicado ao menos duas vezes na infância: entre os 6 e 12 meses e entre os 3 e 5 anos. O desalinhamento constante dos olhos em qualquer idade ou intermitente após os 4-6 meses pode indicar estrabismo e também deve ser avaliado”, completou o CBO.

Siga-nos no

Google News

Siga nas Redes Sociais

5,000FãsCurtir
11,450SeguidoresSeguir
260SeguidoresSeguir
760InscritosInscrever

Últimas Notícias

Notícias Relacionadas

Saída de pista deixa três pessoas feridas no Oeste

Três pessoas ficaram feridas em um acidente de trânsito do tipo saída de pista...

Número de fumantes cresce no Brasil após quase 20 anos de queda, alerta Ministério da Saúde

Pela primeira vez em quase duas décadas, o número de fumantes no Brasil aumentou,...

Lula quer discutir sanções dos EUA a ministros do STF em reunião com Donald Trump

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, na madrugada desta sexta-feira (24), que...

Balcão de Empregos de Chapecó oferece 1.231 vagas em 234 empresas nesta semana

O Balcão Municipal de Empregos de Chapecó disponibiliza 1.231 vagas em 234 empresas nesta...