A Secretaria de Estado da Saúde (SES), por meio da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive), começou a distribuir as vacinas contra a gripe para os municípios na segunda, 18. A aplicação começa assim que as cidades receberem os imunizantes. O dia D, sábado em que há uma mobilização estadual para vacinação, está previsto para ocorrer no dia 13 de abril.
A estratégia vem depois do anúncio do Ministério da Saúde em antecipar para março a Campanha de Vacinação contra a gripe que ocorre tradicionalmente entre os meses de abril e maio. A antecipação ocorrer em virtude do aumento de casos de doenças respiratórias em todo o país.
Assim como nos anos anteriores, a vacinação contra a gripe será destinada apenas para a população dos grupos prioritários, um total de 3.023.725 pessoas. A meta é imunizar, ao menos, 90% desse público até o dia 31 de maio.
A gerente de doenças infecciosas agudas e imunização da Dive, Arieli Schiessl Fialho, destaca que a vacina tem papel fundamental na prevenção de casos graves, hospitalizações e mortes pela doença. “Todas as pessoas que fazem parte dos grupos prioritários são pessoas mais vulneráveis, mais suscetíveis a evoluir para gravidade caso sejam infectadas pelo vírus influenza, que causa a gripe. Então, é extremamente importante que essa população procure uma unidade de saúde e tome a vacina”, esclarece.
A vacina contra a gripe oferecida na rede pública de saúde é a trivalente. Ela protege contra os principais vírus influenza em circulação no Brasil, que são o influenza A (H1N1), influenza A (H3N2) e o vírus influenza B. A SES ressalta que a dose não causa gripe e pode ser aplicada simultaneamente com outros imunizantes do Calendário Nacional de Vacinação. Crianças que vão receber a vacina pela primeira vez devem tomar duas doses, com um intervalo de 30 dias.
Os grupos prioritários a serem vacinados são
Crianças de 6 meses a menores de 6 anos de idade (5 anos, 11 meses e 29 dias);Trabalhadores da saúde;
Gestantes e puérperas (mães até 45 após o parto);
Professores do ensino básico e superior;
Povos indígenas e quilombolas;
Idosos com 60 anos ou mais de idade;
Pessoas em situação de rua;
Profissionais das Forças de Segurança e Salvamento;
Profissionais das Forças Armadas;
Pessoas com doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais independentemente da idade
Pessoas com deficiência permanente;
Caminhoneiros;
Trabalhadores de transporte coletivo rodoviário para passageiros urbanos e de longo curso;
Trabalhadores Portuários;
População privada de liberdade e funcionários do sistema de privação de liberdade, adolescentes e jovens de 12 a 21 anos de idade sob medidas socioeducativas.
Cronograma de entrega das doses
19/03 (terça): Centrais regionais de Joaçaba, Videira e Joinville
20/03 (quarta): Centrais regionais de Mafra, Jaraguá do Sul, Lages e Rio do Sul
21/03 (quinta): Centrais regionais de São Miguel do Oeste, Chapecó, Concórdia e Xanxerê
22/03 (sexta): Centrais regionais de Araranguá, Tubarão e Criciúma
Casos de gripe em Santa Catarina
Até o dia 9 de março, segundo boletim epidemiológico da doença divulgado pela Dive, foram confirmados no estado de Santa Catarina 95 hospitalizações por gripe (influenza), sendo que os mais acometidos foram os idosos com 60 anos ou mais (51%). Deste total, sete pessoas morreram. A grande maioria também idosos acima dos 60 anos (85%), grupo prioritário na Campanha de Vacinação contra a gripe.
Mobilização contra o tétano
Simultaneamente à Campanha de Vacinação contra a gripe haverá, em Santa Catarina, uma intensificação da vacinação contra o tétano e a difteria. O objetivo é aproveitar a ida da população aos postos para atualizar a caderneta de vacinação também contra essas doenças.
Essa vacina é indicada em um esquema de três doses, com um reforço a cada 10 anos, para crianças, adolescentes e adultos a partir dos 10 anos de idade. Grávidas também devem ser vacinadas a cada nova gestação.