Por: Mayara Leite – redatora Seo On
Saúde – Cutucar o nariz com os dedos pode parecer um ato inofensivo, mas uma pesquisa da Universidade Griffith, na Austrália, revelou que esse comportamento pode elevar o risco de doenças como Alzheimer e formas de demência. O estudo, realizado em camundongos, mostra que a manipulação excessiva da mucosa nasal permite que a bactéria Chlamydia pneumoniae chegue ao cérebro por meio do nervo olfativo, desencadeando a produção da proteína beta-amiloide, um marcador da doença neurodegenerativa.
Como a bactéria invade o sistema nervoso
Quando a mucosa nasal é danificada por cutucadas, essas lesões criam caminho para que microrganismos circulem até o sistema nervoso central. Além dessa bactéria, há risco de infecções bacterianas graves, como meningite, que pode causar confusão mental, rigidez no pescoço e até sequelas mais graves.
Mucosa nasal: um órgão de defesa sensível
A cavidade nasal contém entre 5 e 10 milhões de células olfativas, responsáveis por filtrar partículas inaladas e umidificar o ar. A manipulação digital exagerada ou agressiva pode causar sangramentos, ruptura do septo nasal e até necessidade de intervenção cirúrgica, como septoplastia.
Hábito mais comum entre os homen
Uma pesquisa mostrou que 62% dos homens admitiram cutucar o nariz regularmente, contra 51% das mulheres. Em casos extremos, o hábito pode se caracterizar como rinotilexomania, um transtorno obsessivo que demanda avaliação psicológica.
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Estudo ainda não validado em humanos
Embora os resultados em camundongos sejam contundentes, os cientistas alertam que ainda não há confirmação direta em humanos. No entanto, a evidência sugere que a mesma dinâmica pode ocorrer, justificando precauções.
Recomendações práticas
Especialistas recomendam evitar cutucar o nariz e aparar os pelos com cuidado. Alternativas mais seguras incluem a lavagem nasal com soro fisiológico e manter boa higiene das mãos antes de qualquer tipo de contato com a região nasal.
Fonte: Portal Uol