quinta-feira, 30 outubro, 2025

Butantan e Pfizer fecham parceria para produção nacional da vacina contra vírus respiratório

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O Ministério da Saúde anunciou nesta quarta-feira (10) uma parceria de transferência de tecnologia entre o Instituto Butantan e a farmacêutica Pfizer para a produção no Brasil da vacina contra o vírus sincicial respiratório (VSR). O imunizante protege contra uma das principais causas de infecções respiratórias graves em bebês, incluindo bronquiolite e pneumonia.

Vacinação contra o VSR pelo SUS

A previsão é que as primeiras 1,8 milhão de doses sejam entregues até o fim deste ano. A distribuição pelo SUS começará na segunda quinzena de novembro e será voltada para gestantes a partir da 28ª semana de gravidez. A vacinação materna garante a transferência de anticorpos para o bebê, oferecendo proteção imediata nos primeiros meses de vida, período mais crítico de exposição ao VSR.

Segundo o ministério, o vírus é responsável por 80% dos casos de bronquiolite e por 60% das pneumonias em crianças menores de 2 anos. Em cada cinco crianças infectadas, uma precisa de atendimento médico e, em média, uma em cada 50 é hospitalizada ainda no primeiro ano de vida.

Impacto esperado da vacinação

Todos os anos, cerca de 20 mil bebês menores de um ano são internados no Brasil em decorrência do VSR. Entre prematuros, o risco é ainda maior: a taxa de mortalidade chega a ser sete vezes superior à de crianças nascidas a termo. O ministério estima que a vacinação poderá evitar cerca de 28 mil internações anuais e beneficiar aproximadamente 2 milhões de bebês nascidos vivos no país.

Produção de medicamento para esclerose múltipla

Além da vacina contra o VSR, o Brasil também passará a produzir o natalizumabe, medicamento biológico utilizado no tratamento da esclerose múltipla. A iniciativa ocorrerá por meio de uma parceria de desenvolvimento produtivo (PDP) entre o Instituto Butantan e a farmacêutica Sandoz, responsável pela transferência da tecnologia.

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De acordo com o ministério, o natalizumabe é indicado para pacientes com a forma remitente-recorrente da doença, que representa 85% dos casos. Ele já é oferecido pelo SUS desde 2020, mas atualmente depende de um único fabricante com registro no país.

Soberania em saúde

Em nota, a pasta destacou que a pandemia de covid-19 expôs a vulnerabilidade do Brasil na oferta de insumos estratégicos. “A soberania do SUS é fundamental para garantir acesso a medicamentos e tratamentos, sem depender de tarifas abusivas ou limitações impostas por outros países”, informou o comunicado.

A esclerose múltipla é uma doença autoimune que afeta o sistema nervoso central, causando danos à bainha de mielina, estrutura essencial para a condução de impulsos elétricos. A enfermidade atinge principalmente adultos jovens entre 18 e 55 anos.

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