O governo de Santa Catarina lançou o programa Estrada Boa Rural, que prevê pavimentar 2.500 quilômetros de estradas rurais em todos os 295 municípios catarinenses. O anúncio foi feito pelo governador Jorginho Mello na última quinta-feira (3), em Joaçaba, no Meio-Oeste, diante de 202 prefeitos de diferentes regiões do estado.
Com investimento de R$ 2,5 bilhões, o Estrada Boa Rural é uma nova etapa do plano de infraestrutura Estrada Boa e tem como objetivo melhorar a qualidade de vida e fortalecer o agronegócio, que é a base econômica de Santa Catarina.
“Eu fiz questão de lançar aqui em Joaçaba, porque é o interior de Santa Catarina e hoje o interior tem empresas, granjas, que faturam mais do que pequenas empresas da cidade. O prefeito vai escolher, junto com a Secretaria de Infraestrutura, quais trechos asfaltar primeiro, onde tem mais demanda, crescimento, escola. E não é para fazer um asfalto qualquer, é asfalto de qualidade, sinalizado, bem pintado e resistente, como estamos fazendo em todo o estado”, afirmou o governador Jorginho Mello. “O Estrada Boa Rural é um compromisso com o povo trabalhador de Santa Catarina, fortalecendo nossa posição como líder nacional no agronegócio”, completou.
Para o secretário de Estado da Agricultura e Pecuária, Carlos Chiodini, o programa é um marco para o desenvolvimento do campo catarinense. “Estamos garantindo mais do que estradas: estamos promovendo qualidade de vida e oportunidades para quem vive e trabalha no meio rural. Estrada boa significa escoamento mais eficiente da produção, redução de custos logísticos e acesso ampliado aos mercados, fortalecendo toda a cadeia agrícola e agroindustrial do nosso estado”, destacou.
Como funciona o programa
Os municípios poderão participar submetendo projetos para dois trechos, um em 2025 e outro em 2026. A seleção considera critérios econômico-sociais e técnico-financeiros, como conexão de comunidades rurais a vias já pavimentadas, atendimento a empresas ou cooperativas locais e acesso de ao menos duas propriedades rurais por quilômetro de pavimentação.
Os municípios terão que oferecer contrapartida mínima igual ao valor repassado pelo estado, que poderá ser feita com recursos próprios, bens e serviços mensuráveis ou financiamento subsidiado pelo governo estadual.
“Os prefeitos estão recebendo um manual com todas as informações e contatos. Esse programa é inovador, com dinâmica diferente, e vamos agilizar as solicitações feitas pelo site ou por e-mail”, explicou o secretário adjunto da Infraestrutura e Mobilidade, Ricardo Grando.
Prefeitos comemoram
Durante o lançamento, prefeitos de diferentes regiões destacaram a importância do Estrada Boa Rural para o desenvolvimento local.
O prefeito de Joaçaba, Vilson Sartori, celebrou a escolha do município para o lançamento. “Esse programa traz desenvolvimento para o campo e para toda a população. Nossa região, principalmente o Oeste catarinense, é baseada na agroindústria, que depende da matéria-prima produzida no campo. Com o governo pagando os juros, isso facilita muito para os municípios.”
A prefeita de Lages, Carmen Zanotto, ressaltou que a iniciativa terá grande impacto para a Serra Catarinense. “Temos mais de 2.600 km de estradas rurais não pavimentadas que precisam garantir o transporte de produção agrícola e o acesso de alunos às escolas. Vamos buscar todo o esforço necessário para garantir essa contrapartida, pois é fundamental para o desenvolvimento de Lages.”
Para a prefeita de Palmitos, Giovana Giacomolli, o programa reconhece o papel do agronegócio catarinense. “Levar o Estrada Boa Rural aos agricultores demonstra essa importância. A contrapartida dos municípios é essencial para ampliar o número de quilômetros contemplados.”
A prefeita de Modelo, Barbara Milena Geler Baron, também reforçou a relevância da iniciativa. “Especialmente na nossa região, no Extremo Oeste, onde a agricultura representa grande parte da arrecadação, melhorar a infraestrutura de acesso às comunidades é prioridade.”
Benefícios sociais do Estrada Boa Rural
Entre os principais benefícios do programa estão:
- Crescimento econômico: redução de custos de transporte, aumento na produção agrícola e elevação da renda média das famílias rurais;
- Melhora no acesso e segurança: redução do tempo de deslocamento, mais segurança no trânsito e conexão confiável a serviços essenciais, como saúde e educação;
- Qualidade de vida: bem-estar dos moradores e produtores rurais, com estradas pavimentadas, sinalizadas e projetadas para alta durabilidade, incluindo uso de emulsão asfáltica ambientalmente sustentável.
O programa já está em vigor e os municípios podem iniciar a elaboração dos projetos para viabilizar a pavimentação de seus trechos prioritários.