Com o objetivo de estimular as práticas fotográficas e a construção de narrativas comunitárias, nasceu o projeto “Pinhole – Fotografia Itinerante”. A iniciativa propõe um retorno às técnicas tradicionais da fotografia, permitindo vivenciar o registro de maneira analógica, com câmeras confeccionadas a partir de latinhas.
Contemplado pelo Edital das Linguagens 2024, da Secretaria de Cultura de Chapecó, o projeto é idealizado pela artista Camila Almeida e convida o público a ter contato direto com o processo fotográfico. Por meio do Fotomóvel – um laboratório itinerante de fotografia montado em uma tenda – os participantes acompanham todas as etapas da fotografia analógica, desde a criação da imagem até a revelação.
“A proposta é justamente fazer uma pausa no excesso digital, principalmente entre adolescentes, atravessar essa ideia de tempo digital e trazer para a comunidade uma vivência no tempo presente, incentivando a concentração, a criatividade e o registro das memórias comunitárias a partir do olhar de cada um”, explica Camila.
Percurso do projeto
As atividades começaram em maio, na Terra Indígena Toldo Chimbangue, com a formação de um grupo de estudos em fotografia. A ação contou com apoio da Escola Indígena Fen’nó e envolveu estudantes do 9º ano até julho, oferecendo aos adolescentes a oportunidade de protagonizar registros de suas vivências, saberes e manifestações culturais.
Em julho, o projeto chegou à Praça Coronel Bertaso, no Centro de Chapecó, com atividades abertas ao público em geral.
Entre os principais objetivos está democratizar o acesso às artes visuais e fortalecer o diálogo entre cultura e cotidiano comunitário. Após este ciclo, o “Pinhole – Fotografia Itinerante” segue com nova agenda em setembro, na Casa da Árvore – espaço cultural, ampliando o alcance das práticas artísticas no interior.
📌 Outras informações, agenda e disponibilidade de intervenções podem ser obtidas pelo e-mail: [email protected].




