quarta-feira, 3 setembro, 2025

Lula comenta julgamento de Bolsonaro no STF e críticas a interferência dos EUA

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Presidente disse esperar que “seja feita a justiça” e destacou presunção de inocência dos réus

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva comentou nesta terça-feira (2) o julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) do ex-presidente Jair Bolsonaro e de outros sete réus acusados de tentativa de golpe de Estado. As declarações foram dadas a jornalistas após o presidente comparecer ao velório do jornalista Mino Carta, em São Paulo.

Segundo a Procuradoria-Geral da República (PGR), Bolsonaro teria liderado uma trama para se manter no poder após a derrota nas eleições de 2022. O procurador-geral Paulo Gonet acusa o ex-presidente e seus aliados de crimes que incluem golpe de Estado e organização criminosa armada.

“O que está acontecendo é que os fatos estão vindo à tona e as pessoas estão começando a perceber que período nefasto da história brasileira nós vivemos”, afirmou Lula. Ele também fez referência a Mino Carta, dizendo que, se estivesse vivo, o jornalista “estaria escrevendo quem sabe a mais bela história do que aconteceu nos últimos anos no Brasil”.

Justiça e presunção de inocência

Ao ser questionado sobre suas expectativas para o julgamento, Lula disse esperar que “seja feita a justiça”, com base nos autos e no respeito à presunção de inocência.

“Ninguém está julgando ninguém pessoalmente. Tem um processo, tem delações, tem provas, e a pessoa acusada tem direito à presunção da inocência. Se é inocente, prove que é inocente”, declarou o presidente, lembrando que, em sua própria trajetória judicial, não ficou “chorando”, mas foi “à luta”.

Críticas a Donald Trump

Lula também criticou as tentativas de interferência do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que tem imposto sanções contra autoridades brasileiras por conta do processo contra Bolsonaro.

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“O que está acontecendo com os Estados Unidos é que eles exacerbaram qualquer coisa que a gente já tinha visto na história da humanidade de um governo se meter a julgar o comportamento da justiça de outro país. É inacreditável”, disse Lula.

Apesar das críticas, o presidente afirmou não ter interesse em conflitos diplomáticos. “Eu não tenho nenhum interesse de brigar com os Estados Unidos. Eu tenho interesse em manter essa amizade de 201 anos e que ela possa continuar por mais 201 anos”, completou, destacando que, se houver disposição para negociar, “o Lulinha Paz e Amor está de volta”.

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