As instituições financeiras mantêm a expectativa de inflação elevada para este ano. A previsão do IPCA, divulgada no Boletim Focus desta segunda-feira (3), segue em 4,55% para 2024, ligeiramente acima do teto da meta de inflação, que é de 4,5%.
Projeções do Banco Central Para os Próximos Anos
Para os anos seguintes, o mercado projeta uma lenta convergência da inflação para o centro da meta. As estimativas apontam para 4,2% em 2026, 3,8% em 2027 e 3,5% em 2028. O centro da meta definida pelo CMN é de 3%, com intervalo de tolerância.
Atualmente, o IPCA acumula 5,17% em 12 meses, segundo o IBGE. Este cenário justifica a manutenção de uma política monetária restritiva pelo Banco Central.
Taxa de Juros Deve se Manter em Patamar Elevado
O Copom se reúne nesta semana para decidir o rumo da taxa Selic, atualmente em 15% ao ano. A expectativa do mercado é que os juros se mantenham nesse patamar até o final de 2025.
De acordo com a ata do último encontro, o colegiado pretende manter a taxa por um “período bastante prolongado”. O objetivo é garantir que a inflação efetivamente retorne à meta. A projeção é que a Selic só comece a cair de forma significativa em 2026, fechando aquele ano em 12,25%.
Entenda como a taxa Selic impacta o seu financiamento e investimentos na prática.
Perspectivas para o Crescimento Econômico e o Câmbio
Enquanto isso, as projeções para o crescimento da economia seguem modestas. O mercado mantém a estimativa para o PIB de 2025 em 2,16%. Para 2026, a previsão é de um crescimento ainda menor, de 1,78%.
No câmbio, a expectativa é de um dólar estável, mas em patamar elevado. A previsão para o fim de 2025 é de R$ 5,41, com uma leve alta para R$ 5,50 projetada para o final de 2026.
Portanto, o cenário desenhado pelo Focus indica um período prolongado de juros altos e crescimento econômico moderado, enquanto o Banco Central trabalha para domar a inflação.





                                    
    

