Após 15 anos de reivindicação, área de escape no Goio-Ên sai do papel

O Sindicato das Empresas de Transporte de Carga e Logística de Chapecó (Sitran) comemora o lançamento do edital para a construção de uma área de escape na SC-480, próximo à ponte do Goio-Ên, na divisa entre Santa Catarina e o Rio Grande do Sul. A obra, há anos defendida pelo setor de transporte, representa uma importante conquista para a segurança viária na região.

O Sitran foi uma das primeiras entidades a levantar a necessidade da medida, ainda há mais de 15 anos, diante do aumento no número de acidentes — muitos deles fatais — naquele trecho. Agora, com o apoio do governo do Estado, o projeto começa a se tornar realidade.

A obra prevê a implantação de uma zona de segurança com caixa de contenção para veículos que perderem o controle, especialmente caminhões. A responsabilidade pela execução será da Secretaria de Infraestrutura e Mobilidade de Santa Catarina. O projeto, financiado pela Prefeitura de Chapecó com investimento de R$ 305,9 mil, dará origem a uma licitação que envolve recursos estaduais na ordem de R$ 6,3 milhões.

O presidente do Sitran, Ivalberto Tozzo, destaca que a entidade sempre defendeu ativamente a construção da área de escape. Ele recorda que, durante o mandato de Ari Rabaiolli na presidência da Fetrancesc (2016 a 2022), foi solicitado ao Sitran que elegesse uma obra estratégica para a região. “Apresentei o tema à diretoria e o associado Luiz Alberto Cordenonsi sugeriu a caixa de contenção no Goio-Ên”, relembra Tozzo.

Detalhes da obra

A caixa de contenção será construída no quilômetro 164 da SC-480, na cabeceira da ponte sobre o rio Uruguai, no sentido Chapecó/Nonoai. Terá 455 metros de extensão e será dividida em três segmentos, especialmente projetados para permitir a frenagem de emergência de veículos pesados.

O sistema contará com piso de seixos rolados, técnica que proporciona desaceleração controlada e segura, minimizando o risco de acidentes graves. A área de escape é uma solução técnica consolidada em rodovias de relevo acidentado, onde a perda de controle de veículos é mais frequente.